O Irã assinou o maior acordo de sua história no setor automotivo com a francesa Renault, para a construção de uma fábrica com capacidade de produzir 150 mil veículos no país anualmente.
O contrato, estimado em US$ 660 milhões a US$ 778 milhões, veio após a suspensão de sanções internacionais ao Irã, em 2015, como resultado de um acordo fechado com potências mundiais para Teerã restringir seu programa nuclear.
O acordo ocorre também apenas dias depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, autorizar novas sanções contra o Irã. No fim de semana, Trump discutiu com o presidente francês, Emmanuel Macron, formas de reduzir a influência dos iranianos em conflitos no Oriente Médio.
As novas sanções dos EUA, inicialmente aprovadas pelo Congresso, punem indivíduos envolvidos com o programa de mísseis balísticos do Irã e qualquer um que tenha negócios com eles.
Não afetadas por sanções que miram empresas americanas, no entanto, companhias europeias tentam conquistar participação no mercado iraniano desde o levantamento das sanções internacionais.
A Renault opera no Irã desde 2003, embora as operações locais tenham ficado congeladas no período em que as sanções internacionais vigoraram.
No primeiro semestre deste anos, as vendas da Renault no país cresceram mais de 100%, a 68.365 veículos, garantindo à montadora francesa uma fatia de mercado de quase 10%.
A nova fábrica, que ficará a 120 quilômetros de Teerã, produzirá os modelos Duster e Symbol a partir de 2018. Com a unidade, a capacidade de produção da Renault no Irã saltará de 200 mil a 350 mil veículos por ano. Fonte: Associated Press.
