Por Talita Nascimento
São Paulo, 08/09/2022 - Para o vice-presidente institucional da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, a tendência dos preços de alimentos é de desaceleração. Ele acredita que a próxima medição da Abrasmercado (cesta de 35 produtos de largo consumo) deve mostrar essa tendência.
Em julho, a variação de preços do Abrasmercado atingiu o menor patamar do ano, com alta de 0,63% em relação a junho deste ano. O indicador detectou a queda de preços em produtos básicos como óleo de soja, feijão, arroz, açúcar e nos itens da cesta de hortifrutigranjeiros, dentre eles batata, tomate e cebola.
Na contramão das quedas de preços, a cesta nacional foi fortemente pressionada pelos produtos lácteos. Em julho, quatro das cinco maiores altas foram puxadas por leite e derivados. O leite longa vida ficou 25,46% mais caro e os derivados cerca de +5%. Dentre eles, leite em pó (+5,36%), queijo muçarela (+5,28%), queijo prato (+5,18%).
Milan pontua que os lácteos já apresentam melhora daqui para frente, inclusive em razão de promoções de aberturas de novas lojas de supermercados e atacarejos. O setor supermercadista abriu 163 novas lojas entre janeiro e julho de 2022, destas, 80 são de atacarejos.
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