São Paulo, 08/09/2018 - O senador Magno Malta (PR-ES) defendeu na manhã deste sábado que a imagem do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) sendo esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) seja usada na campanha eleitoral do presidenciável. Segundo o senador, a imagem ajuda a derrubar à associação entre Bolsonaro e a violência.
"É a última imagem que nós temos de Bolsonaro. É a imagem que temos que usar. Uma imagem completamente avessa ao que ele sempre falou. Se Bolsonaro pregasse violência mesmo os seguidores dele teriam matado o cara (Adélio Bispo de Oliveira) ali. A imagem que vai ficar é essa", disse Malta.
O senador, um dos políticos mais próximos de Bolsonaro que chegou a ser cotado para vice do candidato do PSL, fez a declaração na chegada ao hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde o presidenciável está internado desde ontem.
Segundo Malta, Bolsonaro passou a noite "bem", seu estado de saúde é estável mas ainda carece de cuidados.
"É preocupante porque nas primeiras 72 horas de um processo cirúrgico como o dele o risco de infecção existe", afirmou.
O senador confirmou que Bolsonaro está fora da campanha eleitoral nas ruas e disse que este papel, a partir de agora, cabe aos aliados e apoiadores do presidenciável.
"O Brasil sabe o que o Bolsonaro pensa, fala e é. Ele não vai ter condição
realmente de fazer isso. Mais cinco minutos ele estaria morto. A recuperação dele não vai ser em 30, 20 dias. Quando os médicos falam em oito, 10 dias é para a estabilização dele. Agora, ir para debate, entrevista... Daqui para a frente é com a gente, nós que somos Bolsonaro, fazer a campanha porque se depender dele não tem condições", disse o senador. (Ricardo Galhardo)