Por Circe Bonatelli
São Paulo, 29/07/2020 - A Telefônica Brasil, dona da Vivo, encerrou o segundo trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 1,113 bilhão, o que representa um recuo de 21,6% em relação ao mesmo período de 2019, de acordo com balanço divulgado há pouco.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 4,103 bilhões, baixa de 3,8% na mesma base de comparação. A margem Ebitda aumentou 0,5 pontos porcentual, para 39,8%. A receita operacional líquida totalizou R$ 10,317 bilhões, recuo de 5,1%.
A piora nos resultados da companhia está diretamente relacionada à menor atividade comercial em função da pandemia do coronavírus. Isso levou à perda de faturamento tanto no segmento de serviços móvel quanto fixo, com queda nas recargas de pré-pagos, menos vendas de aparelhos, entre outros efeitos.
Além disso, houve mais gastos com impostos e com depreciação de ativos no período, sendo este último devido à maior base de ativos com a expansão da rede de fibra, além da revisão da vida útil de determinados ativos.
As perdas foram parcialmente compensadas por ganhos de eficiência e redução de custos operacionais pela digitalização do atendimento, combinados com a queda nas despesas comerciais, já que houve menos vendas na quarentena. Os custos operacionais foram de R$ 6,214 bilhões, encolhimento de 5,9%.
Também houve melhora no resultado financeiro líquido, que gerou uma despesa de R$ 75 milhões, montante 69% menor, principalmente pela redução do endividamento líquido ao longo do ano e atualização monetária de processos judiciais no período.
No acumulado do primeiro semestre de 2020, a Telefônica Brasil obteve lucro líquido de R$ 2,266 bilhões, que foi 17,9% menor em relação ao mesmo período de 2019. O Ebitda no semestre alcançou R$ 8,610 bilhões, baixa de 0,2%, com margem de 40,7%, alta de 1,2 pontos porcentuais. E a receita totalizou R$ 21,142 bilhões, queda de 3,2%.
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