São Paulo, 12/11/2018 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo de Oliveira, afirmou que as indicações recentes do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) sobre "abrir o sigilo" são um incentivo para o trabalho que o banco de fomento vem fazendo desde 2016 em direção à transparência.
"As palavras do presidente eleito só podem ser tomadas como incentivo e apoio às iniciativas que temos tomado ao longo dos últimos anos de abrir completamente as informações do BNDES", afirmou, após participar do evento Acelerastartup em São Paulo.
Bolsonaro afirmou na semana passada que abrirá sigilos do BNDES em sua primeira semana de trabalho. A Polícia Federal indiciou âmbito da Operação Bullish, os ex-ministros do PT Guido Mantega e Antonio Palocci por supostas irregularidades na instituição financeira, bem como o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho e o empresário Joesley Batista, da JBS.
Ele disse reconhecer que o BNDES precisa se comunicar melhor com a sociedade sobre a aplicação de seus recursos, lembrando que o banco vem fazendo isso desde 2016. "Não há sigilo de informações para nenhum órgão de controle.
Oliveira frisou que o BNDES abriu todas as informações sobre crédito interno e externo e inclusive gerenciais, relativos a contratos, carreiras e remunerações, as quais estão disponíveis no site.
O presidente do BNDES acrescentou ainda que no dia 27 será anunciada uma nova plataforma de transparência, resultado de um trabalho feito junto com o Tribunal de Contas da União (TCU), com mais alguns detalhes relativo aos desembolsos e avaliações atualizadas das empresas investidas e valor dos desinvestimentos já feitos. De acordo com Oliveira, essa atualização não terá impacto no patrimônio do banco. O trabalho focado na transparência foi iniciado na gestão Temer, destacou. (Cynthia Decloedt- Cynthia.decloedt @Estadão.com)
