Economia & Mercados
17/07/2018 11:46

Itaú/Magalhães: com maquininhas Credicard, buscamos crescer em setor com potencial de expansão



Foto: Aline Bronzati/Estadão

São Paulo, 17/07/2018 - O diretor executivo do Itaú Unibanco, Marcos Magalhães, afirmou que o momento de entrada do banco com uma nova família de maquininhas de cartões (POS, na sigla em inglês) junto aos pequenos empreendedores não é um problema, uma vez que além de subpenetrado o segmento está em franca expansão. “Não temos costume de sermos o primeiro (a entrar em novos segmentos) e acreditamos que o momento de entrada é agora. O mercado alvo das maquininhas da Credicard está em franca expansão”, disse, em coletiva de imprensa, nesta manhã.

De acordo com Magalhães, somente cerca de 20% do público de autônomos, microempreendedores e pequenas empresas é atendido pelo setor de adquirência. Mas o executivo não revelou a fatia que o Itaú espera ter desse nicho.

O foco das maquininhas da Credicard, conforme o diretor do banco, é complementar e mira novos clientes, uma vez que o banco não atuava com adquirência junto aos pequenos empreendedores. Segundo ele, não foi desenhada uma estratégia de recuperação do market share da Rede, marca premium do Itaú no setor de adquirência, mas sim crescer em um segmento que está aquém do seu potencial em penetração do setor de cartões.

Em termos de rentabilidade, o Banco está, de acordo com o executivo, confortável. Ao invés do aluguel, as máquinas da Credicard serão vendidas e o prazo de pagamento ao lojista será menor que os 30 dias, possibilitando ao banco um ganho de taxa com a antecipação desse recebível.

A First Data fará o processamento das transações capturadas pela Credicard, mas o relacionamento do banco com a empresa americana se resume apenas em um contrato de prestação de serviços. Conforme Magalhães, em momento algum o Itaú cogitou uma associação.

A escolha da marca Credicard, conforme Magalhães, foi feita após uma pesquisa junto ao público alvo das novas maquininhas. O banco identificou, segundo ele, que o nome era mais bem aceito por parte dos pequenos empreendedores. Negou, contudo, que a Credicard será usada como uma marca de combate ou de defesa pelo Itaú em novos segmentos. “A marca Credicard passou por uma repaginação e atualização. Identificamos que há um nicho relevante do lado da emissão e da adquirência, mas com uma demanda mais digital e moderna”, explicou Magalhães.

Após desembolsar R$ 2,8 bilhões pela Credicard, o Itaú ficou por quatro anos com a marca em banho-maria. Voltou a usá-la no ano passado, quando lançou seu primeiro cartão, o Credicard Zero, em uma ofensiva ao Nubank. Agora, aposta nas maquininhas, com o lançamento da família Pop. (Aline Bronzati - aline.bronzati@estadao.com)
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