Por Ludmylla Rocha
São Paulo, 08/06/2022 - Com 97% da capacidade instalada composta por fontes limpas, a Eletrobras deve atrair estrangeiros que buscam alocar recursos em empresas consideradas investimentos verdes, em meio à discussão da velocidade ideal da chamada transição energética, dizem especialistas.
A elétrica conclui amanhã a oferta da ações que resultará, na prática, na sua privatização. A transação pode movimentar R$ 35 bilhões com os lotes extras e deve ser a segunda maior operação do mundo neste ano. A demanda já superou em duas vezes o livro de ofertas, segundo apurou a Coluna do Broadcast.
A empresa, que é responsável por cerca de 30% da geração do País, tem quase todo seu portfólio formado por usinas hidrelétricas. A fonte, que é alvo de preocupação de ambientalistas por conta dos impactos relacionados à construção dos empreendimentos, em especial daqueles que contam com reservatórios, é vista com bons olhos frente à retomada global de combustíveis como carvão diante da alta de preços dos derivados de petróleo.
Para a pesquisadora do Centro de Estudos e Regulação em Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ceri) Rosana Santos, "em tempos de formação de mercado de carbono, de um mundo procurando energia verde para comprar, eu acho que isso é um asset (ativo) para a Eletrobras", avaliou.
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