Por Talita Nascimento
São Paulo, 07/03/2022 - A falta de mão de obra qualificada é o principal gargalo para o crescimento do setor de comércio eletrônico, segundo executivos da área na América do Norte e do Reino Unido. De acordo com o levantamento do Boston Consulting Group (BCG), 38% dos entrevistados citaram essa dificuldade para o avanço de negócios digitais.
Outros 35% mencionaram a falta de agilidade. Além disso, questões como problemas de produto, marketing e preço também foram observadas pelos executivos do setor.
O estudo recente mostrou que as vendas online subiram 35% durante a pandemia e não apresentam sinais de desaceleração. Apesar disso, o relatório sinalizou que apenas as soluções tecnológicas podem não ser suficientes para atender o crescimento das transações.
A pesquisa, que ouviu 235 executivos de empresas de e-commerce da América do Norte e Reino Unido, concluiu que 94% das organizações reportaram que cresceram em 2020 e esperam expansão ainda maior nos negócios em 2022.
Modelos de atuação
Para Fernando Lunardini, diretor-executivo e sócio do BCG, os desafios do Brasil são um pouco diferentes, especialmente quando se fala sobre impostos e logística. Ainda assim, ele acredita que o principal ponto para o crescimento é entender o papel das operações digitais no negócio e o modelo de atuação.
A depender do objetivo da empresa, diferentes estratégias podem ser adotadas. Se o objetivo é aumentar a diversidade de canais de varejo com pouco esforço, contar com um marketplace pode ser uma alternativa. Os analistas do BCG indicam que a empresa precisará de uma equipe de marketing preparada para alavancar o negócio e adaptações na cadeia de suprimentos. Nesse modelo, porém, as margens tendem a ser menores.
Contato: talita.ferrari@estadao.com