Por Fernanda Nunes
Rio, 16/04/2021 - A Raízen tem um papel central na estratégia do grupo Shell para a transição energética. A distribuidora, formada por uma parceria da petrolífera anglo-holandesa com a Cosan, tem foco no comércio de biocombustíveis. A intenção é avançar ainda mais na segunda geração do produto, em biogás e biometano.
"Quando falamos da estratégia do grupo para a transição, olhamos de forma integrada com a Raízen", afirmou André Araujo, em entrevista coletiva para marcar os 108 anos da Shell no Brasil.
A transição energética está no centro da estratégia do grupo para a próxima década. A intenção é acabar com as emissões líquidas até 2050. "Queremos colocar juntos a redução de carbono e o capital", disse o executivo. No Brasil, a Shell ainda desenvolve projetos de energia solar, gás para a geração térmica e avalia projetos de geração eólica no mar.
Principalmente por conta do pré-sal, o gás natural é o segmento de mercado de maior interesse para a Shell no País. "O gás não é energia renovável. É um hidrocarboneto (como o petróleo) com menor volume de emissão. O grupo reconhece que as estratégias (para a transição energética) são diferentes em cada país. A Europa é uma grande transformadora de gás e tem a estratégia de ter segurança no abastecimento junto com a descarbonização", acrescentou.
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