Economia & Mercados
12/01/2021 11:13

IBGE: alimentação e bebidas sobem 1,74% em dezembro, impacto de 0,36 p.p.


Por Daniela Amorim

Rio, 12/01/2021 - As famílias voltaram a gastar mais com alimentos no mês de dezembro, embora a alta de preços tenha sido mais branda que a de novembro. O grupo Alimentação e bebidas saiu de uma elevação de 2,54% em novembro para um avanço de 1,74% em dezembro, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo contribuiu com 0,36 ponto porcentual para a taxa de 1,35% do IPCA no mês.

Os alimentos para consumo no domicílio subiram 2,12% em dezembro. O tomate ficou 13,46% mais barato, e as altas em dezembro foram menos intensas nos preços das carnes (3,58%), do arroz (3,84%) e do óleo de soja (4,99%). Por outro lado, as frutas passaram de aumento de 2,20% em novembro para 6,73% em dezembro.

Já a alimentação fora do domicílio aumentou 0,77% em dezembro, ante elevação de 0,57% em novembro. Ficaram mais caros no último mês a refeição fora de casa (0,74%) e o lanche (0,89%).

Os preços da Alimentação e Bebidas subiram 14,09% em 2020, maior impacto de grupo sobre IPCA do ano, uma contribuição de 2,73 ponto porcentual para a taxa de 4,53%. A alta nos alimentos foi a mais acentuada desde 2002, quando os preços subiram 19,47%.

O custo da alimentação no domicílio aumentou 18,15% em 2020, maior variação desde 2002, quando subiu 21,59%. Já a alimentação fora do domicílio ficou 4,78% mais cara no ano passado.

"No ano de 2020 os preços para alimentação para consumo no domicilio foram bastante afetados. Existem vários motivos", afirmou André Almeida, analista da Coordenação de Índices de Preços do IBGE.

"Tanto pelas pessoas estarem mais em casa por conta do isolamento social, as pessoas precisaram ficar mais em casa e fazer mais refeições em casa, quanto pela restrição de oferta, a questão da exportação por conta de câmbio mais desvalorizado, que favorece a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional que restringe a oferta no mercado doméstico. A questão de as pessoas terem ficado mais em casa e a questão do auxilio emergencial podem ter influenciado", completou.

Contato: daniela.amorim@estadao.com
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