Por Juliana Garçon
Rio, 17/10/2023 - A escolha do diretor regulatório e de relações institucionais da Light, Alexandre Nogueira, para substituir Octavio Pereira Lopes na presidência da companhia, teve como pano de fundo seu perfil “articulador”, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast. Nos bastidores, Lopes é considerado mais um “executor” do que “negociador”.
Em recuperação judicial, a Light segue buscando negociação com os credores. Além disso, precisará tratar, junto à Aneel, a renovação do contrato de concessão da distribuidora Sesa, subsidiária da holding, que vence em 2026. Este processo deve ficar a cargo da diretoria e do Conselho de Administração da empresa, de acordo com fontes.
A escolha do novo CEO da Light foi assessorada pela consultoria empresarial Falconi, que estudou nomes dentro e fora da companhia, de acordo com fontes. A consultoria estaria trabalhando no processo de transição e, também, na definição da estrutura organizacional que irá prevalecer com a assunção de Nogueira ao comando da holding. Procurada, a consultoria não confirmou a informação.
A decisão de substituir Lopes - pouco mais de um ano após a chegada do executivo ao cargo - foi informada hoje, após reunião do Conselho de Administração. Nogueira deve assumir quando for concluída a reestruturação financeira em curso ou em 31 de dezembro de 2023, o que ocorrer primeiro, de acordo com fato relevante publicado pela companhia.
A saída de Octavio Pereira Lopes já era prevista, apurou o Broadcast, pois o executivo chegou ao cargo com a missão de fazer a interlocução com os credores, antes de a companhia chegar à recuperação judicial.
Porém, desde que Nelson Tanure se tornou o maior acionista da companhia e a composição do Conselho de Administração foi alterada em assembleia - com a eleição de chapa indicada pelo empresário - as negociações se afastaram da órbita do presidente da Light. Assim, a função de Lopes na interlocução teria ficado esvaziada.
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