Economia & Mercados
09/08/2018 07:45

BB melhora sua projeção para gasto com calote neste ano


O Banco do Brasil melhorou a sua projeção para o gasto com calote neste ano, conforme relatório que acompanha suas demonstrações financeiras do segundo trimestre. As demais previsões de desempenho, segundo a instituição, seguem mantidas.

Com o novo intervalo, o BB espera que sua despesa líquida de provisão (RSPL) totalize de R$ 16,0 bilhões a R$ 14,0 bilhões neste ano ante faixa que ia de R$ 19,0 bilhões a R$ 16,0 bilhões. No primeiro semestre, a linha alcançou R$ 7,8 bilhões.

O Banco do Brasil espera que seu lucro líquido ajustado neste ano fique entre R$ 11,5 bilhões e R$ 14 bilhões. O resultado representará aumento de 3,6% se ficar no piso do guidance e de mais de 26% considerando o ponto mais alto. No primeiro semestre totalizou R$ 6,3 bilhões.

Para a carteira de crédito ampliada orgânica interna, o BB espera alta de 1% a 4%. O banco decidiu manter a projeção apesar de na primeira metade do ano o saldo de empréstimos ter encolhido 1,0%. "O desempenho está dentro das nossas expectativas para o semestre e foi impactado pelo desempenho da carteira de pessoa jurídica", justifica o BB, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

O BB espera que sua carteira de pessoa jurídica encolha no máximo 3% neste ano e, na melhor das hipóteses, fique estável. Contudo, no primeiro semestre, o segmento recuou 7,0%. Já o segmento de pessoa física apresentou resultado em linha ao crescer 4,0% na primeira metade do ano, piso do intervalo esperado, de alta de 4,% a 7,0% neste ano.

Outro segmento que também apresentou desempenho dentro das expectativas do banco foi o rural, com a carteira de crédito crescendo 5,1% de janeiro a junho. Para o ano o BB projeta incremento de 4% a 7% no segmento.

Em relação à margem financeira bruta sem recuperação de operações em perdas, a instituição espera que o indicador fique estável e, na pior das hipóteses, recue até 5%. No primeiro semestre, porém, teve queda de 8,1%, fora da faixa estimada.

O banco espera ainda que as despesas administrativas tenham aumento de 1% a 4% em 2018. De janeiro a junho, esses gastos cresceram 1,2%, em linha. Apesar disso, o presidente do BB, Paulo Caffarelli, disse recentemente que não está satisfeito com esse guidance e gostaria de melhorá-lo para o exercício de 2018.
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