Por Eduardo Rodrigues e Fernanda Trisotto
Brasília, 21/12/2023 - Com as estimativas do mercado e do Comitê de Política Monetária (Copom) convergindo para dentro do teto da meta de inflação deste ano, a chance de um terceiro estouro consecutivo em 2023 caiu significativamente nas contas do Banco Central, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado hoje. No cenário de referência, a probabilidade de a inflação deste ano ficar acima do teto da meta (4,75%) é de apenas 17%, contra 67% no RTI de setembro. Para 2024, atual horizonte relevante da política monetária, chance de estouro do limite superior (4,50%) variou de 24% para 23%.
O cálculo tem como base a Selic variando conforme o Relatório de Mercado Focus e o câmbio atualizado com base na Paridade do Poder de Compra (PPC). Já a probabilidade de a inflação ficar abaixo do piso da meta em 2023 (1,75%) continuou zero. O centro da meta deste ano é de 3,25%. Em relação a 2024, a chance de a inflação furar o piso de 1,50% seguiu em 7%. O centro da meta do próximo ano é de 3,0%.
Para 2025, a probabilidade de superar a banda superior variou de 16% para 17% e, a inferior, oscilou de 12% para 11%. Para 2026, a probabilidade de superar a banda superior também passou de 16% para 17% e, a inferior, de 12% para 11%. O alvo central contínuo a ser perseguido pelo BC a partir de 2025 também é de 3,0%, com os limites variando de 1,5% a 4,5%.
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