Por Matheus Piovesana
São Paulo, 14/09/2022 - A Esfera, empresa de fidelidade do Santander Brasil, passará a aceitar clientes de fora do grupo e do BTG Pactual, que já era conveniado. Na entrada do chamado "mar aberto", a expectativa da Esfera é ganhar escala para além da participação de mercado do banco espanhol, um dos maiores emissores de cartões do País.
"O ponto central é aumentar a base de clientes", afirma a CEO da Esfera, Elaine Watanabe. Segundo ela, hoje, são 10 milhões de clientes ativos, ou seja, que utilizam de fato os benefícios do programa. Até então, podiam se cadastrar apenas clientes do Santander ou dos cartões do BTG.
A partir de agora, qualquer pessoa poderá se cadastrar no programa de forma gratuita. Este modelo tem se tornado comum entre as empresas de maior porte no setor. A Livelo, controlada pela EloPar, holding de participações do Bradesco e do Banco do Brasil, já opera sob o modelo, por exemplo.
O mercado tem crescido. Segundo dados mais recentes da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf), eram 180,5 milhões os cadastros em programas de fidelidade no País em dezembro, aumento de 12% em relação ao ano anterior.
A maior parte das milhas emitidas no País (95%) vinha do varejo, mas quase 83% dos resgates eram destinados à compra de passagens aéreas.
Na Esfera, a preparação para receber clientes de fora começou há quatro anos. Em 2018, a empresa foi separada do restante do Santander Brasil, que continua sendo seu único acionista. Após a "vida própria", passou a estruturar as frentes de negócio e a estrutura interna para mergulhar no mar aberto.
Assim como em outros programas, os clientes da Esfera podem comprar pontos ou acumulá-los ao fazer compras em sites que têm acordo com a empresa, hoje na casa das "centenas", segundo Watanabe. "O mercado está muito mais competitivo e o que buscamos é realmente ter as melhores opções para os clientes", diz ela.
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