Niterói (Rio), 08/05/2018 - Possível beneficiado pela desistência do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, cotado para disputar a Presidência da República pelo PSB, partido de quem é aliado em São Paulo, o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, disse lamentar a decisão do magistrado, que alegou motivos pessoais para desistir da corrida presidencial. Segundo ele, estão ocorrendo muitas conversas, mas as alianças só devem ser conhecidas em julho, mas Barbosa poderá participar de outra forma.
"É uma perda, porque precisamos de novas lideranças como ele, com mais participação e serviços para o Estado. Tenho certeza que, se não for como candidato, a participação dele será de outra forma", afirmou.
Depois de falar a plateia de prefeitos da 73ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Alckmin visitou os estandes de empresas de serviço públicos, como limpeza, saneamento, telecomunicações e transportes, que patrocinam o evento. Além disso, tirou fotos com correligionários e prefeitos.
Lula. Questionado sobre as conversas que tem tido com o presidente Michel Temer, Alckmin negou que esteja negociando qualquer tipo de indulto para o ex-presidente Lula e para o próprio Temer, cuja investigação pela Procuradoria Geral da República (PGR) foi prorrogada.
"Decisão judicial se cumpre", declarou, e defendeu o diálogo, a exemplo do que já havia feito o presidente da Câmara Rodrigo Maia. "Diálogo é a base da política", completou. (Roberta Pennafort e Renata Batista - roberta.pennafort@estadao.com e renata.batista@estadao.com)