Política
27/08/2018 17:00

Por divergir sobre crise em Roraima, Romero Jucá deixa liderança do governo no Senado


Brasília 27/08/2018 - O presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), anunciou nesta segunda-feira, 27, que deixou a liderança do governo no Senado. Jucá comunicou sua decisão ao presidente Michel Temer por "discordar da forma como o governo federal está tratando a questão dos venezuelanos em Roraima". "Acabo de comunicar ao presidente Michel Temer que deixo a liderança do Governo por discordar da forma como o governo federal está tratando a questão dos venezuelanos em Roraima", publicou por meio de seu perfil no Twitter.

Nos últimos dias, o governo federal tem sido pressionado com propostas de bloquear a entrada de imigrantes por Roraima. Jucá é dos que passou a encampar o pedido pelo bloqueio da entrada na fronteira do Estado, de forma temporária. Na semana passada, o senador também anunciou à imprensa que apresentaria uma proposta ao Senado para estabelecer "cotas" para a entrada de imigrantes no País.

Adversária política de Jucá, a governadora do Estado, Suely Campos (PP), já vinha pedindo o fechamento da fronteira nas últimas semanas e protocolou novo pedido no Supremo Tribunal Federal (STF). Ela tem acusado o governo federal de omissão diante da situação no Estado.

Segundo pesquisa Ibope, divulgada no último dia 17 de agosto,Jucá está na terceira posição nas pesquisas de intenção de voto para o Senado, com 25% da preferência do eleitorado, atrás de nomes como o de Mecias de Jesus (PRB), que tem 26%, e Angela Portela (PDT), que lidera com 30%. Como são duas vagas, ele corre o risco de não conseguir se reeleger se o resultado nas urnas for este.

Apesar dos pedidos, Temer voltou a dizer, neste sábado, 25, que as fronteiras brasileiras continuarão abertas. O presidente disse que bloquear a entrada de pessoas é algo "incogitável" pelo Palácio do Planalto porque seria um "desumano". Além disso, segundo ele, contrariaria os compromissos feitos pelo Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU). "Temos feito o possível para atender a compromissos de natureza internacional", disse. (Renan Truffi e Mariana Haubert)
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