Por Iander Porcella
Brasília, 30/06/2022 - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), levou novamente ao plenário da Casa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição de outubro. O líder do PT no Senado, contudo, disse que o texto ainda precisa de ajustes e sugeriu adiar a votação para a próxima terça-feira, 5.
A oposição teme que o estado de emergência incluído na proposta para blindar o presidente Jair Bolsonaro (PL) de sanções da Lei Eleitoral fique amplo demais. O senador Jean Paul Prates (PT-RN), líder da Minoria, chegou a apresentar uma emenda para retirar a decretação do estado de emergência do texto. O relator, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), por sua vez, disse que está aberto para negociações.
Ontem, a votação foi adiada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após a oposição pedir mais tempo para analisar a extensão do estado de emergência. Bezerra afirmou que vai tirar do texto o trecho que causou dúvida. "A não aplicação de qualquer vedação ou restrição prevista em norma de qualquer natureza", dizia o trecho, visto pelos oposicionistas como uma “carta branca” para o governo gastar o que quiser durante o período eleitoral.
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