Brasília, 29/11/2018 - Os ex-secretários Rafael Barbosa e Elias Miziara, que atuaram na gestão de Agnelo Queiroz (2011-2015), estão entre os 12 alvos de mandados de prisão preventiva cumpridos nesta quinta-feira, 29, pela força-tarefa de Combate à Corrupção na Saúde do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT).
A operação de hoje investiga suspeitas de compra fraudulenta feita pela secretaria de saúde do DF em 2013 por meio de contrato firmado por adesão à ata de registro de preços da secretaria de saúde do Rio de Janeiro. Em valores atualizados, os valores equivalem a R$ 19 milhões (R$ 8,7 milhões à época).
A força-tarefa investiga outras possíveis fraudes em contratos entre 2007 e 2015 e acredita que os prejuízos podem chegar a R$ 2,2 bilhões.
Um dos 44 alvos de busca e apreensão é o ex-secretário de saúde do RJ, Sérgio Cortês. Segundo o MPDFT, foram compartilhadas provas das operações Fratura Exposta e Ressonância, braços da Lava Jato carioca. Os mandados foram expedidos para São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
A secretaria de Saúde do DF comprou próteses e órteses sem necessidade, de acordo com o o promotor Luís Henrique Ishihara, que comandou a ação. "Têm próteses disponíveis até 2056", afirmou.
A investigação registrou que a empresa vencedora, a Hmed, é de fachada e ligada à Oscar Schin, entidade investigada no âmbito da Operação Lava Jato, no Rio de Janeiro. Segundo o MP, a empresa determinava o que e quanto a secretaria de saúde ia comprar. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos investigados até a publicação da notícia. (Alexandre Facciolla, especial a AE)