Política
16/04/2024 19:45

Lula participa de cerimônia do Dia do Exército sob relação mais amena com Forças Armadas


Por Sofia Aguiar

Brasília, 16/04/2024 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve participar, nesta sexta-feira, 19, de cerimônia em comemoração ao Dia do Exército, em Brasília. O movimento é mais um aceno do chefe do Executivo para estreitar seu relacionamento com as Forças Armadas.

Lula participou do evento em comemoração à data em 2023. A presença, contudo, ocorreu em meio à revelação de um novo episódio envolvendo os ataques golpistas de 8 de janeiro desencadear uma crise que culminou no pedido de demissão do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Gonçalves Dias. Na época, o presidente disse não guardar rancor dos militares pelo 8 de janeiro e enfatizou que “o Exército não é mais o Exército de Bolsonaro”.

“Hoje foi o Dia do Exército brasileiro e todo mundo sabe o quanto eu andava magoado com os militares desse País por conta de tudo o que aconteceu. Fiquei a noite inteira pensando ‘vou ou não vou?’. Tomei a decisão de ir e acho que Deus me ajudou a decidir. Fui para mostrar ‘eu não guardo rancor’. Esse Exército não é mais o Exército de Bolsonaro, é o Exército de Caxias, é o Exército com compromisso constitucional”, disse o petista em evento após ter participado da celebração no ano passado.

O contexto da participação de Lula na cerimônia em 2024, porém, é um pouco diferente. A relação entre o governo federal e as Forças Armadas está mais amena. O episódio mais recente que representa o novo relacionamento é as manifestações do golpe militar de 1964. Sob pressão de apoiadores, o presidente desautorizou ações da gestão federal que relembrassem a data para evitar atritos com as Forças.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, era um dos principais defensores de que houvesse eventos públicos de rejeição à ditadura militar. A pasta havia programado um ato para 1º de abril, mas, a pedido de Lula, cancelou o evento. Na data, o petista esperava que tanto militares da ativa como seus auxiliares civis deixassem de falar do golpe militar para não acirrar ainda mais os ânimos entre o governo e as Forças Armadas.

Contato: sofia.aguiar@estadao.com
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