Política
17/05/2017 18:21

Reunião entre Cuba e Brasil acerta o retorno de 300 profissionais para o Mais Médicos


Brasília, 17/05/2017 - Cerca de 300 profissionais cubanos que trabalham no Mais Médicos que haviam voltado para seu país de origem devem retomar seus trabalhos ainda este mês. O acordo foi firmado entre governo brasileiro e governo cubano, numa reunião realizada semana passada para tentar colocar fim ao impasse criado sobre a participação dos profissionais no programa.

Os profissionais que desembarcam no Brasil em maio haviam retornado para Cuba em março, para passar um mês de férias e regularizar a documentação. Nesse segundo grupo, estão os médicos que já completaram três anos de trabalho no Mais Médicos e que, por terem estabelecido família aqui, receberam a autorização do governo cubano de ficar mais três anos no programa.

O grupo será o primeiro a desembarcar depois da crise entre governo brasileiro e cubano em torno do Mais Médicos. Há um mês, Cuba suspendeu o envio de profissionais ao Brasil, numa reação ao aumento expressivo de médicos que, chamados de volta, entraram na Justiça e obtiveram o direito de continuar no País e no Mais Médicos.

De acordo com o Ministério da Saúde, na reunião ficou acertado que o envio de novos profissionais seria retomado. A pasta informou que Cuba ficou satisfeita com a medida, anunciada pelo ministério, de descredenciar do Mais Médicos prefeitos que incentivassem cubanos a entrar na Justiça para permanecer no Brasil.

O cronograma para o envio de novos profissionais, no entanto, ainda não está definido. A estimativa é a de que 4 mil médicos cubanos deixem o Brasil até julho. Eles já concluíram três anos de permanência no País e, pela decisão do governo de Cuba, serão substituídos por outros profissionais.

Por ora, a única definição é a de enviar os profissionais cubanos de férias ou que já haviam renovado o contrato por mais três anos. Desde que assumiu a pasta, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, mostrou a intenção de reduzir a participação de cubanos no Mais Médicos.

O ministro deixou claro que a atuação de estrangeiros ficaria restrita a áreas consideradas pouco atrativas para brasileiros, como distritos de saúde indígena. A velocidade da substituição de cubanos por médicos brasileiros, no entanto, tem de ser controlada para evitar vazios assistenciais. (Lígia Formenti)
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