Política
14/06/2018 16:44

Exclusivo/Flávio Rocha descarta apoiar outro nome e diz ser 'produto que falta na prateleira'


São Paulo, 14/06/2018 - Oscilando entre 0% e 1% nas pesquisas de intenção de voto, o pré-candidato à Presidência da República pelo PRB, Flávio Rocha, descartou apoiar outro candidato no primeiro turno da disputa pelo Palácio do Planalto. Alegando que é cedo para avaliar as pesquisas de intenção de voto, o empresário voltou a citar o ex-prefeito tucano e amigo João Doria como exemplo de que é possível largar com baixo desempenho e levar a disputa na urna.

"Há um sentimento de orfandade política", afirmou Rocha, terceiro pré-candidato à Presidência a participar da rodada de entrevistas realizada pelo Broadcast Político. Segundo ele, o eleitor já decidiu que não quer nenhum dos nomes já conhecidos e mal começou a se informar sobre as alternativas colocadas. Para o empresário, a campanha lhe dará a oportunidade de mostrar ao eleitor que ele próprio preenche os requisitos. "Usando uma linguagem de varejista, o que falta é o produto na prateleira", explicou.

Questionado sobre a possibilidade de uma aliança com nomes como o tucano Geraldo Alckmin ou qualquer outro partido na primeira etapa de votação, Rocha engatou: "Não abandonei minha carreira empresarial no seu melhor momento para ser protagonista. Saí pela falta absoluta de ter em quer votar e pelo risco de ver um retrocesso". Segundo ele, nenhum dos candidatos colocados até o momento tem condições de "representar esse sentimento".

Ao argumentar que a população deseja um "guinada liberal", Rocha descreveu-se como "o mais liberal" entre os presidenciáveis. "Quero redesenhar o Estado que faça sentido para o papel de ser servidor", disse. Ainda de acordo com ele, os brasileiros buscam uma reação à "inversão de valores" defendida pela esquerda. "Eu vejo os pretensos liberais com um discurso incompreensível de um economês castiço falando em eficiência do Estado, em privatizações, mas não é isso que está angustiando o eleitor brasileiro. Esta é uma eleição basicamente no plano dos valores", disse.

Questionado sobre seu posicionamento em relação ao aborto, Rocha declarou ser contra a prática, destacando que é uma discussão que cabe ao Congresso. "O único que pode tirar a vida é Deus e vida é a partir da concepção. Sou contra o aborto pelo mesmo motivo que sou contra a pena de morte", afirmou. Ele destacou que essa seria a opinião da "grande maioria" da população brasileira.

Flávio Rocha reforçou sua promessa de apresentar quatro reformas nos primeiros meses de gestão, defendendo os impactos da reforma trabalhista e a necessidade uma "revolução tributária". Ele disse ainda que o governo não tem porquê manter o controle de empresas estatais, incluindo os bancos públicos, e insistir no monopólio de setores estratégicos como o caso da Petrobrás.

Para ele, com as reformas o Brasil poderá galgar posições em ranking de liberdade econômica e incentivar o crescimento econômico. Além disso, o pré-candidato do PRB defendeu o fim da estabilidade do emprego no funcionalismo público, com exceção de atividades como juízes, procuradores e militares.(Clarissa Oliveira, especial para a AE, e Elizabeth Lopes/Colaborou Daniel Weterman - clarissa.oliveira@estadao.com, elizabeth.lopes@estadao.com, daniel.weterman@estadao.com)
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