Por Caio Sartori
Rio, 24/02/2020 - Convidado para o camarote do governo do Rio na Sapucaí, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou na noite de domingo, 23, que o presidente Jair Bolsonaro cometeu uma "leviandade" ao atacar o governador da Bahia, Rui Costa. Para Doria, as atitudes agressivas de Bolsonaro têm provocado uma união inédita entre os governadores.
O tucano concordou com a afirmação do baiano, que disse ao Estado que o presidente parece "obcecado" pela morte do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano. Bolsonaro alegou que Costa teria ordenado uma execução do miliciano, que é citado nas investigações de rachadinha no gabinete de seu filho Flávio Bolsonaro.
"O presidente, com as agressões que faz, o emparedamento dos governadores no caso do ICMS, as agressões muito injustas ao governador Rui Costa, faz com que os governadores fiquem unidos em torno da democracia e do pacto federativo", disse.
Apesar das críticas a Bolsonaro, Doria disse que não considera o Carnaval a ocasião adequada para expor essas questões. Na última sexta, no grupo de acesso do Rio, a Acadêmicos do Vigário Geral levou à avenida um carro alegórico em que um palhaço vestia a faixa presidencial.
Doria e Witzel almoçaram juntos no Rio neste domingo. Eles dizem estar "unidos" em prol de melhorias para os Estados e desconversam quando perguntados sobre uma futura aliança eleitoral.
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