Política
12/03/2018 10:26

Arthur Maia: não dá para levar a sério quem não quer votar Previdência por ser ano eleitoral


Rio, 12/03/2018 - O deputado federal e relator da reforma da Previdência Arthur Maia disse hoje que a oposição se aproveitou das discussões realizadas em torno da reforma da Previdência para demonizar a proposta do governo. Segundo ele, o texto original era duro demais, mas seria modificado ao longo do seu trâmite. A delação da JBS, porém, atrapalhou a sua aprovação.

"É natural que o governo tivesse proposto algo maior, para depois aprovar o possível", afirmou Maia no seminário "Reforma da Previdência, uma reflexão necessária", promovido pela Fundação Getúlio Vargas. "Toda a discussão, que teve 33 reuniões da Comissão, foi utilizado pela oposição para demonizar o projeto", acusou.

Mas, segundo Maia, o que realmente atrapalhou a aprovação foram as delações da JBS, que envolveram o presidente da República, Michel Temer. "A Previdência poderia ter sido aprovada não fosse a delação da JBS. A partir da delação foram duas denúncias contra o presidente da República, a base do governo teve que ficar contra a vontade da população", disse Maia, reconhecendo que a comunicação do governo federal sobre a reforma também não foi muito boa.

Ele criticou ainda os próprios aliados do governo federal, que se negaram a aprovar o projeto em ano eleitoral. "Só não dá para levar a sério aquele que chega e fala que sabe que precisa, mas que é ano de eleição e por isso não vai votar. E isso é majoritário na política nacional", observou.

Na avaliação do parlamentar, a reforma da Previdência deverá ser o primeiro tema que o próximo presidente da República deverá enfrentar, e terá capital político suficiente para fazer a reforma até o fim. "Logo no começo do mandato o presidente terá capital político suficiente para fazer a reforma e, se eu for reeleito, vou apoiá-lo", finalizou. (Denise Luna-denise.luna@estadao.com)
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