Rio, 17/7/2018 - Mais solto e descontraído, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles lançou hoje no Rio a íntegra do vídeo que será veiculado nas redes sociais a um seleto grupo de empresários do Lide, um movimento de empresários criado em 2003 pelo empresário João Dória, hoje candidato do PSDB ao governo de São Paulo. Antes do vídeo, porém, contou um pouco da sua história, incluindo o convite do ex-presidente Lula para integrar o seu governo, com direito a reprodução dos gestos e palavras trocadas pelos dois políticos.
"Ele (Lula) me chamou e perguntou se o Brasil tinha jeito. Eu disse que sim, e ele disse que eu tinha sido o primeiro a falar aquilo para ele", contou para a plateia.
No vídeo, o eleitor verá Meirelles sem terno visitando exposições, em cenas de trabalho, fotos da sua juventude sempre sorridente, e embalado pela ideia central de que "se tinha alguma crise econômica, lá estava o Meirelles para encontrar solução", e fecha com o slogan da campanha #chameomeirelles.
Muito aplaudido, Meirelles recebeu antes da palestra-almoço alguns notáveis, como o ex e o atual presidente da ANP David Zylbersztajn e Décio Oddone, que conversaram com o candidato atualmente com 1% das intenções de voto, segundo a última pesquisa do Datafolha. Segundo Zylbersztajn, a única pergunta que fez foi como seria a sua relação com o Banco Central, que busca cada vez mais autonomia em relação ao governo. "Ele disse que não teria problema, que ele conhece bem tudo e que iria tudo bem", contou.
À plateia, Meirelles lembrou toda sua trajetória, como a presidência de "um dos maiores bancos do mundo", referindo-se à sua passagem pelo BankBoston, as passagens pelos governos Lula e Temer, e se gabou de ter tirado recentemente o País da "maior recessão da sua história", apesar dos índices de desemprego estarem em patamares recordes e o PIB continuar engatinhando. Ele culpa a instabilidade econômica atual às "propostas de alguns candidatos", sem citar nomes, mas diz que assim que sua candidatura for confirmada na reunião do MDB, no próximo dia 4, a economia passará a crescer e mais ainda em 2019, quando, segundo ele será o presidente do Brasil. (Denise Luna - denise.luna@estadao.com)
