Política
26/07/2022 16:17

Eleições 2022: PT discute amanhã palanques estaduais; veja quais são Estados pendentes


Por Giordanna Neves e Matheus de Souza

São Paulo, 26/07/2022 - Faltando apenas 10 dias para o fim das convenções partidárias, que vão até o dia 5 de agosto conforme definido pela Justiça Eleitoral, o PT deve aprovar chapas em seis Estados e solucionar disputas internas em dois Estados. As discussões serão feitas amanhã, 27, pela Executiva Nacional do partido.

Os palanques no Acre, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Roraima precisam ser aprovados pela legenda. Em relação ao Rio Grande do Sul, a Executiva debaterá a política de alianças no Estado, enquanto no Distrito Federal será discutida a suplência para o Senado.

Considerado estratégico, o Rio de Janeiro tornou-se uma queda de braço entre PT e PSB. Depois que os pessebistas oficializaram a candidatura de Alessandro Molon ao Senado na chapa do candidato ao governo Marcelo Freixo (PSB), os petistas ameaçaram romper a aliança local. Os petistas haviam lançado a pré-candidatura de André Ceciliano na corrida pelo Congresso. O impasse levou a legenda a adiar a convenção no Rio.

No Rio Grande do Sul, o PT lançou a pré-candidatura de Edegar Pretto ao governo, afastando-se da possibilidade de acordo com o PSB, que formalizou a candidatura de Beto Albuquerque. O palanque no Estado gerou, inclusive, discussões entre membros da sigla na convenção que oficializou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto. Os petistas fecharam aliança, até o momento, apenas com PCdoB e PV e há quem avalie que a costura precisa ser mais ampla.

Em Mato Grosso, o PT fechou acordo com o ex-ministro e líder da bancada ruralista, o deputado federal Neri Geller (PP), que concorrerá ao Senado. A aliança é estratégica para quebrar a resistência do agronegócio ao Lula. A vaga ao governo, no entanto, ainda segue indefinida. Nos bastidores, há uma tentativa de acordo com o governador Mauro Mendes (União Brasil), que hoje apoia a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em Mato Grosso do Sul, sem uma sinalização do ex-prefeito e pré-candidato a governador Marquinhos Trad (PSD) à candidatura de Lula - uma condição indispensável para que o PT formalizasse uma aliança com a sigla -, o diretório estadual irá defender a candidatura de Giselle Marques (PT) com Tiago Botelho (PT) ao Senado.

Em Goiás, o PT estuda a possibilidade de abrir mão da pré-candidatura do ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Wolmir Amado (PT) em apoio ao candidato do PSDB, Marconi Perillo.

No Distrito Federal, a federação formada por PT, PV e PCdoB confirmou Leandro Grass (PV) como candidato a governador e a professora Olgamir Amancia (PC do B) como vice. A professora Rosilene Corrêa (PT) disputará o Senado na chapa. A suplência do Senado, no entanto, ainda está em aberto e será discutida na reunião de amanhã.
Após as deliberações, o posicionamento da sigla sobre palanques em cada unidade federativa deverá ser levada à federação, composta por PT, PCdoB e PV. As três legendas formalizaram uma federação partidária e caminharão juntas na campanha de 2022 e nos próximos quatro anos, como se fossem um só partido.

Contato: giordanna.neves@estadao.com; matheus.silva@estadao.com

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