Política
15/03/2017 20:28

Tumulto após protesto no Rio deixa mulher ferida


Rio, 15/03/2017 - Pelo menos uma mulher ficou ferida e houve muita confusão no centro do Rio após um protesto promovido na tarde desta quarta-feira (15) por sindicatos e outras entidades da sociedade civil contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB).

Logo após o ato houve confronto entre jovens mascarados armados com pedras e rojões, de um lado, e policiais militares e guardas municipais, de outro. Pelo menos três agências bancárias tiveram os vidros quebrados, equipamentos do VLT Carioca foram destruídos e 12 contêineres de lixo foram incendiados ao longo das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco.

A professora Mônica Lima, de 50 anos, teve ferimentos na perna e foi levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro. Ela teria levado chutes durante o tumulto. Até as 20h o hospital não havia divulgado seu estado de saúde. O ato, que reuniu cerca de 50 mil a 70 mil pessoas, segundo os organizadores, começou às 16h nas imediações da Igreja da Candelária.

Às 17h35 o grupo saiu em caminhada em direção à estação de trem Central do Brasil. Na concentração e durante todo o trajeto, lideranças sindicais discursaram criticando as reformas propostas por Temer. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), também foi alvo de muitas críticas.

O primeiro tumulto ocorreu às 18h35, quando os manifestantes estavam parados em frente à Central do Brasil. Jovens mascarados lançaram rojões na direção de policiais militares, que revidaram com bombas de gás. Os líderes sindicais que discursavam pediram o fim do confronto e a situação voltou ao normal por alguns minutos.

Diante do clima de tensão, os organizados decidiram encerrar o ato, concluído às 18h47. Três minutos depois, pessoas mascaradas atacaram com pedras e rojões uma base da Guarda Municipal perto de onde o ato terminara. Guardas e PMs revidaram e a confusão se estendeu por um trecho da avenida Presidente Vargas, até a Rio Branco.

Houve pânico e muita correria. Enquanto pessoas assustadas se protegiam entrando no saguão da estação Central do Brasil, os mascarados deixavam um rastro de destruição pelas avenidas Presidente Vargas e Rio Branco.

Foram destruídas agências do Banrisul, do Santander e do Itaú. Vidros e cabines de venda de bilhetes do VLT foram quebradas. Grades de ferro que protegiam um edifício comercial da Presidente Vargas foram arrastadas e lançadas pelo asfalto da avenida. O trânsito na Presidente Vargas só começou a ser liberado às 19h30. (Fabio Grellet)
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