Por Roberta Jansen
Rio, 08/05/2019 - A Justiça do Rio acatou o pedido do Ministério Público que determina a quebra do sigilo bancário e fiscal do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado estadual André Ceciliano (PT-RJ). Ele é investigado por movimentação financeira suspeita na operação Furna da Onça, da Lava Jato no Rio.
Em nota, o deputado afirmou que recebeu a notícia com tranquilidade e que, inclusive, já teria oferecido ao MP a quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. "O homem público não deve temer investigação", afirmou. "Confio na atuação do MP e na Justiça."
Prisão
A Alerj informou há pouco que não vai votar a revogação da prisão dos deputados estaduais eleitos que estão presos - a despeito da decisão do Supremo Tribunal Federal de estender aos parlamentares regionais a imunidade. O presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), afirmou que os advogados dos deputados devem buscar esse direito na Justiça se for o caso.
A posse dos deputados presos ocorreu no dia 21 de março, quando uma comissão da Alerj levou o livro de posse até o presídio onde estão presos preventivamente Marcus Vinícius Neskau (PTB), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e André Correa (DEM) e também à casa de Chiquinho da Mangueira (PSC), que cumpre prisão domiciliar.
Os cinco foram presos na Operação Furna da Onça, em novembro do ano passado, que investiga a relação de parlamentares estaduais com a corrupção e o loteamento de cargos públicos.
Como os deputados empossados não poderiam exercer o mandato, receber salários ou mesmo formar gabinetes, a Casa convocou os suplentes para assumirem. Para alguns especialistas, o mais correto seria que os deputados presos perdessem imediatamente o mandato e os suplentes assumissem em definitivo. Para outros especialistas, no entanto, como os deputados não foram condenados, a decisão garante que possam retomar seus mandatos caso consigam a liberdade.
