PR Newswire Economia
30/05/2020 08:00

Dicas para investidores brasileiros cultivarem durante a crise do Covid-19


Dicas para investidores brasileiros cultivarem durante a crise do Covid-19

Fundador da Intrader DTVM, Edson Hydalgo Jr, esclarece algumas dúvidas frequentes da crise e dá algumas dicas de como proceder

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SÃO PAULO, 30 de maio de 2020 /PRNewswire/ -- A sociedade foi pega de surpresa a nível mundial e assistiu a interrupção de eventos esportivos internacionais, o fechamento dos maiores parques de diversão do mundo, o cancelamento de uma série de eventos, entre outros acontecimentos diversos. A dúvida que envolve a duração da crise dá contornos mais obscuros ao momento, há um obstáculo para a precificação do mercado e a economia ainda não dá sinais de ver seus índices normalizados. Ao mesmo tempo, o mercado financeiro tem uma dinâmica própria em que profissionais responsáveis não devem se precipitar e a análise dos fatos deve ser realizada com muito cálculo, uma equipe especializada, frieza e precisão. Examinar o momento econômico prévio à crise e também outros episódios de recessão na história da humanidade, analisando qual foi a curva e a saída em épocas passadas. É importante ter em mente que o momento é passageiro.


A distribuidora de valores Intrader DTVM, por exemplo, foi criada se aproveitando da reconstrução de mercado que sucedeu a chamada crise do Subprime, em 2008. De acordo com seu fundador, Edson Hydalgo Jr, o momento de crise é um momento de análise e muita cautela. "A gente vai ter que suportar essa crise, todo mundo queira ou não vai sentir um pouco de perda, não só financeira como também no andamento de negócios que estavam encaminhados e se concretizando", analisa. Ainda analisa que a política de confinamento, principal medida de prevenção na maior parte dos países ao redor do mundo, tem contornos mais dramáticos para o Brasil pois a economia depende muito do comércio. "O Brasil é um país que carece de indústria exportadora e é mais voltado a prestação de serviço. Assim, com a persistência do comércio fechado, a economia vai sentir mais", conta.


É natural que o investidor se sinta desamparado, o mercado vinha de anos de ganhos e se encontra em um momento de muita instabilidade e um horizonte extremamente nebuloso onde nem se sabe ao certo o tempo que há de durar esse episódio. O desequilíbrio maior é oriundo da maior volatilidade das ações, pois muita oscilação pode pegar um investidor desprevenido e fazer com que anos de ganhos sejam perdidos em dias. Ao mesmo tempo, com negociações em suspenso o empresário pode aproveitar para rever sua carteira de investimentos e ? até mesmo ? procurar examinar o funcionamento interno da sua empresa.


Hydalgo Jr ainda afirma a necessidade de entender a crise como um momento que tem uma duração finita. "É um momento passageiro, já passamos por diversas crises e vamos passar por mais uma. Acredito que quando o mercado fica um pouco mais parado em termos de negócios, você pode olhar um pouco não só o cliente na parte externa mas olhar a parte interna da sua estrutura, arrumar a casa e voltar melhor", comenta.


No âmbito dos investimentos existem alguns procedimentos que ocorreram em outras crises e deram certo, podendo servir de lição para lidar com o momento atual, porém nunca é demais ficar atento pois cada episódio tem as suas peculiaridades. Aqueles que esperam retorno a curto prazo vão sofrer mais, pois as perdas podem ser revertidas com um comportamento a longo prazo, o que ocorreu em muitos casos após a crise de 2008. Ao mesmo tempo, é um momento para repensar a carteira de investimentos, com maior diversidades as perdas também serão remediadas.


Vale ressaltar que o pensamento a longo prazo também demanda uma análise minuciosa do momento econômico que o país vivia. Nos últimos tempos o brasileiro assistiu a uma demanda crescente pela queda da taxa de juros, um movimento que deve ser assimilado pelo mercado nacional, acostumado com altíssimas taxas, pois muito do capital externo era atraído ao país motivado por esses índices. Nessa fase de transição, a fuga de capital tem efeito direto sobre a taxa de câmbio que aumenta mas é um processo que deve sofisticar o mercado de produtos financeiros estruturados, ampliando a gama de investimentos possíveis e propiciando um terreno fértil para o crescimento econômico a nível nacional.


Hydalgo Jr acredita na manutenção dessa demanda. "Não é só o Brasil, a gente vê essa demanda pelo juros baixo em todas as economias de terceiro mundo. Com o estabelecimento dessa queda de juros, os produtos financeiros vão ter uma saída muito maior. O investidor acostumado a colocar o dinheiro no CDI, na poupança, em algum título do governo que tinha um rendimento de mais de 1% ao mês, ele vai ter que procurar alternativas", explica.


É um momento de crise em que as previsões ainda são muito ruins pois a maioria dos mercados ainda está parado. Com o fim da crise, a China já vem retomando sua atividade econômica e outros países também vão seguir, porém esse processo toma um certo tempo para acontecer. Pacotes emergenciais dos governos do mundo inteiro também vão dando resultado aos poucos e cabe aos investidores manter a frieza para conseguir sair desse momento dramático com a cabeça erguida e otimizar os seus processos.


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FONTE Edson Hydalgo Jr

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