Agronegócios
25/10/2023 10:37

Pré COP-28/CNA/João Martins: acordo do Clima deve estar lastreado no reconhecimento do papel da agropecuária


Por Isadora Duarte

Brasília, 25/10/2023 - O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil(CNA), João Martins, defendeu que o Acordo do Clima seja lastreado no reconhecimento do papel da agropecuária. "Nossa agropecuária tem grande potencial para manter positivo o balanço de emissões, não só para garantir o desenvolvimento próprio, mas para ações globais de co-benefícios providos por parte do agro brasileiro. Dentro desse esforço, faz-se necessário impor-se como parte essencial do Acordo do Clima", afirmou Martins na abertura do evento "Pré COP-28 Agropecuária Brasileira no Acordo do Clima", realizado pela CNA. "Esse acordo deve estar lastreado na importância do papel do setor agropecuário, nas obrigações e benefícios que resultam desse compromisso", acrescentou Martins.

Durante o evento, a CNA entregou a representantes do Ministério da Agricultura, das Relações Exteriores e do Meio Ambiente o posicionamento do setor agropecuário para a 28ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28), que será realizada a partir de 30 de novembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. "O desafio de retomar o crescimento econômico, promovendo a segurança alimentar e energética, impõe grandes obstáculos à busca de promover uma matriz de emissão de gases de efeito estufa mais eficiente e menos emissora. Esse cenário exige pesadas obrigações dos países, mas acena com oportunidades para o Brasil, gigante da biodiversidade e da sustentabilidade, que tem na sua atividade agropecuária uma referência de agricultura tropical de baixa emissão de carbono", defendeu Martins.

Na avaliação de Martins, o Acordo do Clima, sendo uma das metas mais ambiciosas do País exige uma estratégia clara e transparente do País, que concilie segurança alimentar e energética à segurança climática. "É essencial reafirmar o apoio do setor agropecuário ao combate ao desmatamento ilegal e no fortalecimento de políticas de desenvolvimento regional, por meio de mecanismos de financiamento previstos na convenção", completou. "Reafirmamos nosso compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa, garantindo a eficiência produtiva do agro, baseada na inovação, na ciência, na tecnologia, na preservação e na sustentabilidade, buscando ações de reconhecimento e incentivo compatíveis com a grandeza do agro brasileiro", concluiu Martins.

Contato: isadora.duarte@estadao.com
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