Agronegócios
14/05/2018 12:28

M. Dias/Cefaly: prevemos novos reajustes de preço, provavelmente no segundo semestre


São Paulo, 14/05/2018 - A M. Dias Branco prevê novos reajustes dos preços de seus produtos neste ano, provavelmente no início do segundo semestre, informou há pouco o diretor de Novos Negócios e Relações com Investidores da empresa, Fábio Cefaly, durante teleconferência sobre os resultados da empresa no primeiro trimestre de 2018. Em março, a empresa reajustou os preços dos produtos de todas as suas linhas, em média, em 4%. No segmento de farinhas, o aumento foi um pouco superior, de acordo com Cefaly. "A leitura é que houve uma boa aceitação da alta por parte dos clientes. Agora estamos fazendo as contas para promover um novo aumento", informou o executivo a analistas.

Questionado sobre o tamanho do reajuste necessário para fazer frente à inflação dos custos, especialmente referente ao trigo, Cefaly disse que "é cedo para dizer de quanto será". "Estamos avaliando a valorização do dólar ante o real e as cotações do trigo", afirmou.

Apesar da margem Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) menor no 1º trimestre do ano comparada à de um ano atrás, os números mostram reação em relação aos do quarto trimestre do ano passado. Depois de recuar de 19,8% no terceiro trimestre de 2017 para 14,2% no trimestre seguinte, a margem Ebitda voltou a subir para 15,1% ao fim dos três primeiros meses de 2018.

A M. Dias Branco reduziu seus investimentos no primeiro trimestre na comparação anual em 7,1%, para R$ 67,1 milhões. Os recursos foram destinados à continuidade da construção de um moinho de trigo em Bento Gonçalves (RS), ampliação da capacidade de armazenagem do centro de distribuição da unidade de Maracanaú (CE) e modernização dos silos do moinho de trigo em Cabedelo (PB).

Acompanhando um movimento verificado no quarto trimestre de 2017, o porcentual de farinha produzida internamente pela companhia e utilizado em suas operações voltou a recuar, para 90,6% do volume total de farinha consumido. No primeiro trimestre de 2017, 92,1% da farinha consumida nas operações da empresa correspondia à produção própria da M. Dias Branco. "Houve uma leve queda na verticalização de farinha, em virtude da maior demanda pelo insumo no Sul e Sudeste, atendida também por terceiros", explicou Cefaly". (Clarice Couto - clarice.couto@estadao.com)
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