Por Clarice Couto
São Paulo, 27/03/2023 - A fintech AgroForte prevê conceder neste ano aproximadamente R$ 200 milhões em crédito a mais de 10 mil pequenos e médios produtores rurais do setor leiteiro, de aves e suínos. Os recursos serão liberados por meio de parcerias com agroindústrias e cooperativas para agricultores em atividade principalmente no Sul e Sudeste do Brasil. Em São Paulo, a empresa tem parceria com empresas como Vigor e NovAmérica.
A contratação do crédito com a AgroForte é feita por aplicativo, explica agtech em nota, e dispensa avalista ou a inclusão da terra como garantia. As operações também beneficiam a agroindústria por desonerar o balanço das empresas e permitir a implementação de projetos estratégicos, avanço da produtividade e a fidelização dos agricultores.
A agtech trabalha com diferentes linhas de crédito para produtores de aves, suínos, ovos e leite, voltadas a investimentos em estruturas de produção, compra de animais, custeio e antecipação de recebíveis. Os produtores podem acessar de R$ 15 mil a R$ 500 mil de crédito, com diferentes prazos de pagamentos.
"Os Estados em que os produtores rurais poderão acessar crédito neste ano são Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina e Espírito Santo. Além de Vigor e NovAmérica no Estado de São Paulo, o crédito também poderá ser acessado por produtores rurais ligados à Bello, Frango Pioneiro, Levo, Nater Coop, Primato, Somave, entre outras empresas", informou a AgroForte no comunicado.
No segundo semestre de 2022, a fintech emprestou montante de recursos 113% superior ao realizado nos seis primeiros meses de 2021.
A empresa também destacou, na nota, que em 2023 reforçará ações para estimular o acesso a crédito por produtores de leite. "Há uma forte ineficiência no processo de obtenção de crédito pelo pecuarista que se dedica à produção leiteira. Temos de mudar essa realidade, inovando no processo de análise de crédito, e trazendo maior agilidade na liberação dos recursos", disse no comunicado o CEO da AgroForte, Felipe Dávila. "A AgroForte enxerga uma necessidade de ampliar o crédito a outras regiões que não avançam na produção leiteira, muito devido à falta de recursos ou pelas barreiras impostas pelas burocracias", acrescentou o CTO (diretor de tecnologia) da fintech, Gustavo Andrade.
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