Por Isadora Duarte e Audryn Karolyne
Brasília e São Paulo, 16/10/2023 - O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil possui alternativas de compras de cloreto de potássio em meio ao recrudescimento do confronto entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Israel fornece cerca de 9% do volume de potássio internalizado anualmente pelo Brasil. Há temor no mercado de que o conflito possa afetar o fluxo de exportação de lá para cá. "O Brasil já superou a crise de fornecimento de cloreto de potássio na guerra da Ucrânia. Temos alternativa de compra com Canadá e com a China. Assim que foi feito no início da guerra da Ucrânia e Rússia", disse o ministro, em coletiva de imprensa nos bastidores do Fórum de Bioinsumos no Agro, realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta segunda-feira.
O ministro ressaltou que os produtores já concluíram as compras de adubos para a safra de verão 2023/24, que está sendo semeada e que ainda há cerca de três a quatro meses para compras de adubos para a safra de inverno. "Estamos atentos e o que precisar da atuação do governo federal e do Ministério da Agricultura em pensar alternativas, atuaremos. Caso os preços venham a se majorar de forma que desequilibre o mercado, vamos agir", completou.
Fávaro, contudo, destacou que qualquer impacto econômico é menos relevante ao considerar a questão humanitária do conflito. "O preço do combustível pode subir um pouco, o que afeta no campo e na produção de alimentos, mas isso é menos relevante quando se fala de risco de vida", afirmou o ministro. Para ele, o Brasil terá um papel fundamental na busca da pacificação do conflito Israel-Hamas. "Queremos muito a busca pela paz. O conflito se acalorou muito na semana. Ninguém pode ser complacente com o terrorismo e o governo brasileiro está agindo: primeiro de forma muito rápida no resgate de brasileiros e depois trabalhando pela pacificação", apontou.
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