Agronegócios
22/08/2016 17:42

Comercialização de produtos vitivinícolas cai 4,35% no País, afetada por quebra de safra e IPI


Porto Alegre, 22/8/2016 - A comercialização de produtos do setor vitivinícola nacional caiu 4,35% no mercado interno nos seis primeiros meses de 2016, informou o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). A produção foi afetada pela quebra da safra de uva, o que elevou o preço da matéria-prima principal, e também pela encarecimento de outros insumos. Além disso, o setor conviveu com a mudança de carga tributária - vinhos e espumantes estão entre os produtos que tiveram alta na alíquota do IPI no fim de 2015.

De acordo com o Ibravin, este conjunto de fatores aumentou o preço das bebidas para o consumidor final e, consequentemente, afetou negativamente os negócios. Quase todas as categorias tiveram queda no primeiro semestre. As vendas de vinho de mesa caíram 5,73%, as de espumante, 9,65%, e as de suco de uva, 5,85%.

A exceção ficou por conta do vinho fino, que vem mantendo os resultados positivos desde o ano passado, mesmo com tabelas reajustadas. De janeiro a junho, a venda deste item subiu 9,33%. "O setor vitivinícola não está desconectado da situação econômica nacional. Mas, comparando com outros segmentos, o recuo não foi tão drástico", disse o presidente do Ibravin, Dirceu Scottá.

A entidade também informou que a importação de vinhos aumentou 5,09% no primeiro semestre. Já a importação de espumantes despencou 30%. No total - considerando os rótulos estrangeiros e nacionais - o consumo de espumantes encolheu 14,45% no período, para 942.263 litros.

Segundo o Ibravin, o frio mais intenso neste ano impulsionou o consumo de vinhos em detrimento dos espumantes. Isso ajuda a explicar os números. "Como o grande volume de comercialização se verifica no segundo semestre, há condições de reverter esse desempenho (dos espumantes)", acredita o vice-presidente da entidade, Oscar Ló.

A previsão para o vinho de mesa e o suco de uva, no entanto, não é otimista. Nos dois casos, o Ibravin espera redução das vendas no final do ano. (Gabriela Lara, correspondente - gabriela.lara@estadao.com)
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