Agronegócios
17/08/2021 10:23

AES Brasil/Jorge: Parceria com a BRF é uma das estratégias de crescimento do mercado livre


Por Leandro Tavares

São Paulo, 17/08/2021 - A AES Brasil enxerga a parceria com a BRF para o desenvolvimento de um parque eólico no complexo de Cajuína, no Rio Grande do Norte, como uma das esferas do potencial de crescimento do mercado livre, podendo diversificar o seu portfólio e reduzir os impactos das emissões de gases do efeito estufa.

“É a união de esforços e de interesses entre nós e a BRF para o desenvolvimento do parque eólico no Nordeste, uma vez que a BRF está entre os 10 maiores consumidores de energia do País. Essa parceria vai permitir a BRF ser autoprodutor de energia”, afirmou o diretor de Relacionamento com o Cliente da AES Brasil, Rogério Jorge, em entrevista exclusiva ao Broadcast Energia.

Além disso, o executivo explicou que a AES Brasil enxerga o potencial de crescimento do mercado livre como prioridade empresarial e de várias formas, sendo uma delas com contratos de dois a cinco anos. “Já é uma linha de negócio nossa desde 2018 com o desenvolvimento de projetos greenfields. Tivemos as primeiras operações numa sociedade muito parecida como essa com a Unipar e a Anglo American”.

Jorge ressaltou ainda que a estratégia de comercialização de energia no mercado livre pela AES Brasil prevê também contratos de longo prazo e autoprodução de energia. “Esses contratos de longo prazo são recentes por algumas janelas que se alinharam, já que os custos caíram muito e o engajamento das companhias com o impactado ambiental ficou mais evidente”.

Projeto

A parceria entre as empresas tem várias motivações, entre elas reduzir o impacto das emissões de gases do efeito e diversificar o portfólio por meio da energia renovável. “Uma das principais alavancas é o desenvolvimento renovável e a redução das emissões. Além disso, se tem toda a rastreabilidade do projeto. Somos dois acionistas. Eles conhecem as condições e tem a garantia do suprimento de energia”.

O parque eólico terá capacidade instalada de 160 megawatts (MW), o equivalente a 92 MW médios de energia assegurada, dos quais 80 MW médios serão comercializados por meio de um contrato com prazo de 15 anos, que terá inicio de vigência em 2024.

A usina será desenvolvida no complexo Cajuína, após o cumprimento das condições precedentes para o fechamento do negócio previstas no acordo de acionistas, com início da construção previsto para o quarto trimestre deste ano. O investimento estimado no parque eólico pela AES Brasil será de R$ 5,2 milhões por MW instalado.

“Essas parcerias e contratos de longo prazo estão cada vez mais ganhando velocidade e numa intensidade que nunca se viu. Muitos estão procurando esse tipo projeto, no qual você é sócio, para garantir eficiência e suprimento de energia”.

Contato: leandro.tavares@estadao.com
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