Agronegócios
29/10/2020 08:33

Especial/Boi: Código Florestal É caminho para pecuarista regularizar pendências ambientais


Por Tânia Rabello

São Paulo, 29/10/2020 - Para o presidente do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), Caio Penido, é urgente a imediata e efetiva implementação do Código Florestal, além dos Programas de Regularização Ambiental (PRAs) nos Estados, para que pecuaristas com pendências ambientais tenham condições de se regularizar. "É bom lembrar que os bois de pecuaristas vetados em listas de frigoríficos não estão morrendo no pasto; de alguma forma eles estão sendo colocados no mercado", ressalta.

Na sua avaliação, todos poderão pressionar o governo pelo Código Florestal, regularização fundiária e pela efetivação do pagamento por serviço ambiental. "Temos de pegar todos os lados, principalmente ONGs, indústrias e pecuaristas, para se juntar e resolver o problema, sem detonar a imagem do Brasil ou enfraquecer o Código Florestal", acrescenta.

Outra estratégia que Penido tem em mente é garantir que os pecuaristas estejam representados em outro importante fórum, a Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura. "A classe pecuarista não está representada ali; tenho conversado com integrantes da Coalizão a esse respeito, para que o produtor participe da visão estratégica do fórum", explica Penido, acrescentando que sua ideia inicial é que a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) seja o representante dos produtores rurais nesta mesa-redonda, ou alguma outra entidade de âmbito nacional, como a Sociedade Rural Brasileira (SRB). "Uma entidade nacional teria recursos para levar à frente os debates dentro da Coalizão, pois um grande problema, para o pecuarista e associações regionais, é ter de se deslocar constantemente da fazenda para participar dessas discussões", acredita.

Com tais medidas, que serão propostas na reunião desta quinta-feira do GTPS, Penido espera acabar com as "bolas nas costas" que os pecuaristas costumam tomar. "Muitos já me procuraram para reclamar que mesmo cumprindo com os protocolos de sustentabilidade não encontram apoio e se sentem sabotados", diz. "Por isso, minha estratégia será de transparência para organizarmos uma ação positiva com todos os membros do GTPS", acrescenta. "Precisamos encontrar uma saída comum, na base do diálogo e não da polarização, para consertar isso", finaliza.

Contato: tania.rabello@estadao.com
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