Agronegócios
15/12/2020 10:11

Milho/Imea: MT deve produzir 2,38% mais em 2020/21, mas 14% deverão ser semeados fora do prazo ideal


Por Tânia Rabello

São Paulo, 15/12/2020 - Mato Grosso deve produzir 2,38% mais milho de segunda safra no atual ciclo em relação a 2019/20, informou em boletim semanal o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Desta forma, a colheita deve bater nos 36,29 milhões de toneladas, muito mais em função do aumento da área semeada, já que a produtividade pode ser comprometida pelo fato de que boa parte do milho não será semeada dentro da janela ideal - em função do atraso no plantio da soja.

De acordo com projeções do Imea, 14,11% do plantio do milho safrinha pode ficar fora da janela ideal para o grão. "Para se ter ideia, nas safras anteriores, de 2018/19 e 2019/20, os atrasos eram de 8,04% e 4,15%, respectivamente", diz o instituto, acrescentando que "tal cenário poderá acarretar produtividade menor para a próxima temporada, uma vez que a semeadura mais antecipada na série histórica refletiu nos maiores rendimentos já registrados".

Neste cenário, o Imea recomenda aos produtores "se atentarem para a colheita da soja". "O avanço favorável nesta etapa pode resultar em boa semeadura e desenvolvimento com maior potencial produtivo para o milho."

Já a demanda mato-grossense pelo cereal em 2021 deve crescer 17,96%, "estimulada pelo aumento de esmagamento de milho e avanço do consumo de ração animal", cita o Imea.

Quanto à safra 2019/20, o Imea manteve a estimativa de produção em 35,45 milhões de toneladas e estoques de passagem em apenas 100 mil toneladas. "No caso da demanda interna, estimada em 10,44 milhões de toneladas, o destaque foi para o crescimento das usinas de etanol de milho, que tiveram maior participação no consumo do cereal dentro do Estado", diz o relatório.

Boi - O Estado de Mato Grosso abateu em novembro 393,4 mil cabeças de bovinos, informou o Imea. Este volume representa queda de 16% em relação a outubro de 2020 e de 19,96% ante novembro de 2019. "O principal motivo que influenciou tal cenário foi o decréscimo expressivo do abate de (bovinos) machos ante outubro do ano passado", avalia o Imea. Além disso, soma-se o baixo patamar de abate de vacas desde outubro deste ano.

Contato: tania.rabello@estadao.com
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