São Paulo, 05/11/2019 - A Corteva, empresa de sementes e agroquímicos que se desmembrou da DowDuPont no ano passado, registrou prejuízo líquido de US$ 392 milhões (US$ 0,52 por ação) no terceiro trimestre deste ano, ante também prejuízo de US$ 494 milhões (US$ 0,66 por ação) em igual período do ano passado, informou a companhia. As vendas líquidas caíram 2,5% na mesma comparação, de US$ 1,911 bilhão para US$ 1,863 bilhão.
A América do Norte teve queda de 22% nas vendas, de US$ 623 milhões para US$ 487 milhões. Já a América Latina teve vendas 6% maiores na mesma base de comparação, para US$ 805 milhões. Na região EMEA (Europa, Oriente Médio e África), o aumento foi de 3%, para US$ 315 milhões. Na região Ásia-Pacífico, houve crescimento de 16%, para US$ 256 milhões.
Em comunicado divulgado para a imprensa, a Corteva disse que as melhoras em volume e preço de venda com o crescimento de novos produtos foram mais do que contrabalançadas pelo impacto cambial negativo e por mudanças na sazonalidade de sementes.
Na divisão de produtos para proteção de lavouras, as vendas líquidas da Corteva aumentaram 9% no terceiro trimestre, para US$ 1,340 bilhão. O desempenho refletiu um aumento de 16% no volume de vendas e de 5% no preço local, parcialmente compensados pelo efeito cambial desfavorável, disse a Corteva. Os ganhos de volume foram impulsionados principalmente por um forte início de temporada da América Latina.
No segmento de sementes, as vendas líquidas da Corteva caíram 23%, para US$ 523 milhões. A queda foi atribuída a uma redução de 11% no volume de vendas e de 3% no preço local, aliado a um impacto negativo de câmbio. A diminuição do volume se deve a uma forte base em igual trimestre de 2019, já que as vendas de sementes na América do Norte no ano passado, por causa do clima, foram deslocadas do segundo para terceiro trimestre. A empresa destacou, contudo, fortes vendas para a safra de verão e safrinha na América Latina, mas apontou que efeitos cambiais desfavoráveis foram liderados pelo real.
Para todo o ano de 2020, a Corteva espera que as vendas líquidas aumentem entre 1% e 2%.
A empresa afirmou ainda que os cortes de custos feitos para se adaptar à pandemia de covid-19 permanecerão em vigor no próximo ano. A empresa disse que cortou US$ 50 milhões em gastos durante o terceiro trimestre de 2020, ajudando a compensar os investimentos feitos em outras áreas durante o período.
Com informações da Dow Jones Newswires
