Agronegócios
31/03/2019 17:41

Porta-voz/Planalto: Escritório em Jerusalém não tem status diplomático


Jerusalém, 31/03/2019 - O escritório brasileiro de negócios que será aberto em Jerusalém não terá status de Embaixada, segundo esclareceu há pouco o porta-voz da Presidência da República, Otávio Santana do Rêgo Barros. "Não tem status diplomático", afirmou. "Vai tratar das questões de comércio, ciência e tecnologia como foi apresentado a vocês pela declaração", continuou.

Apesar de a Embaixada brasileira estar localizada em Tel-Aviv, a cerca de 65 quilômetros de distância de Jerusalém, a criação do escritório é importante, de acordo com o porta-voz, para que essas áreas sejam desenvolvidas na cidade. Durante a campanha, o então candidato Jair Bolsonaro prometeu que iria transferir a Embaixada do Brasil de Tel-Aviv para Jerusalém, assim como fez o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas recentemente declarou que o americano demorou nove meses após a posse para tomar a decisão.

Mais cedo, após o anúncio, ninguém do governo conseguia explicar para os jornalistas brasileiros que acompanham a comitiva presidencial em Israel sobre a importância dada ao novo estabelecimento. Questionado sobre a dimensão política que o escritório teria, Rêgo Barros disse que seria para que essas áreas que abrangerá sejam discutidas em Jerusalém.

Não há com a criação do escritório, de acordo com ele, o reconhecimento de Jerusalém como capital. "O nosso presidente continua avaliando essa possibilidade, mas no momento isso não foi colocado à mesa", disse, acrescentando que o escritório será conduzido por pessoas que não estão dentro da carreira diplomática.

O general disse também sobre a continuidade da Embaixada do Brasil em Tel-Aviv que o presidente faz as ações de acordo com a análise feita pelo seu ministério. "Assim deve ser com todas as questões que são importantes para o nosso governo." Ele afirmou ainda que se tratou de uma decisão unilateral do governo brasileiro. "Não houve uma mudança. Toda vez que o nosso governo vai tomar uma decisão em qualquer que seja o campo, ele busca uma análise consensual, pragmática, a partir de estudos realizados pelo próprio governo", pontuou, acrescentando, no entanto, que não poderia indicar as razões porque se trata de uma análise "intramuros" do governo brasileiro. "Se necessário for, nós a colocaremos para vocês." (Célia Froufe e Cristiano Dias, enviados especiais)
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