Por Luiz Henrique Gomes, especial para a AE
São Paulo, 23/06/2021 - A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) disse que o Plano Safra 2021/22 atendeu parcialmente às reivindicações da agricultura familiar. Ainda que tenha destinado mais recursos, não elevou o orçamento de programas considerados importantes, afirma.
“Em termos de montante de recursos, de enquadramento e outros valores anunciados, parte do que solicitamos foi atendido. Esperamos que os recursos para a equalização do Pronaf sejam suficientes para contratação dos créditos, ao contrário do que ocorreu nas últimas três safras”, disse em nota a secretária de Política Agrícola da Contag, Vânia Marques Pinto.
Os pontos negativos avaliados pela entidade são a agenda da privatização do seguro, o aporte para a Subvenção ao Prêmio do Programa Seguro Rural (PSR), que ficou em R$ 1 bilhão, e o estímulo de acesso da agricultura familiar ao seguro privado, de R$ 50 milhões de crédito.
Conforme o Plano Safra anunciado ontem (22) e as políticas específicas para a agricultura familiar apresentadas pelo Ministério da Agricultura em live na manhã desta quarta-feira (23), houve aumento do volume de recursos de R$ 33,0 bilhões para R$ 39,3 bilhões, sendo 17,6 bilhões para investimento. Outras mudanças aconteceram no limite da Renda Bruta Anual (RBA), que passou de R$ 415 mil para R$ 500 mil; no teto de financiamento de investimento no Mais Alimentos, de R$ 165 mil para R$ 200 mil; e atividades especiais, de R$ 330 mil para R$ 400 mil. O aumento dos recursos do Tesouro Nacional para subvenção passaram para R$ 13 bilhões, sendo R$ 6,4 bilhões para agricultura familiar.
