São Paulo, 24/05/2018 - O complexo portuário de Santos não recebeu caminhões nesta quinta-feira em razão da paralisação dos caminhoneiros, que chegou hoje ao quarto dia, informou a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A média diária de chegada de caminhões ao porto é de 8 mil, mas pode alcançar 12 mil no pico de safra, segundo a Codesp. Conforme a companhia, a operação de embarque de navios continua enquanto houver carga armazenada, e a descarga deve seguir enquanto houver espaço nos pátios e armazéns.
Mais cedo, a Codesp disse em nota que a situação no Porto de Santos permanece semelhante aos dias anteriores, sem incidentes e sem congestionamento nas vias portuárias. Os manifestantes se concentram nas duas margens do Porto (Santos e Guarujá), sem interdição ao tráfego de veículos leves.
Em nota divulgada ontem, o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) disse que é "preocupante" a continuidade do movimento dos caminhoneiros no Porto de Santos. "Com o travamento dos acessos rodoviários, os terminais estão impedidos de receber ou expedir cargas. A situação se aproxima do caos logístico", afirmou o sindicato. "Se continuar a paralisação, os prejuízos serão irreparáveis a todos os envolvidos na cadeia logística e à economia do País."
O Sopesp disse ainda que uma comitiva do sindicato, da Codesp e Conselho de Autoridade Portuária (CAP) esteve com o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), solicitando que tomasse providências junto ao governo federal para solucionar o problema. "Da mesma forma, o Sopesp apela à Autoridade Portuária no sentido de que garanta ao menos as operações básicas nos terminais, em especial no fornecimento de combustível, com o uso de escolta, para evitar a interrupção das atividades internas dos operadores", assinala a nota. (Leticia Pakulski - leticia.pakulski@estadao.com)