Por Luciana Collet
São Paulo, 21/10/2020 - O presidente da Neoenergia, Mario Jose Ruiz-Tagle, afirmou há pouco que o impacto da pandemia de covid-19 no Ebitda da companhia no terceiro trimestre deste ano foi de R$ 36 milhões, somando R$ 333 milhões no acumulado do ano.
Em teleconferência com analistas e investidores que acontece neste momento, o executivo também destacou que a companhia recebeu R$ 1,66 bilhão relacionado ao empréstimo da conta-covid ao longo do terceiro trimestre e também entregou as contribuições no âmbito da consulta pública Aneel nº 35, encerrada no início do mês e tinha como objetivo discutir a metodologia para avaliar os pedidos de reequilíbrio dos contratos de concessão das distribuidoras por conta da pandemia.
Em eventos anteriores, Ruiz-Tagle já havia criticado a proposta da Aneel. Na teleconferência de hoje, por ora, limitou-se a dizer que as contribuições da companhia visam "assegurar o reequilíbrio econômico-financeiro com a queda de mercado e da arrecadação previsto nos contratos e na legislação setorial".
A Neoenergia divulgou na noite de ontem (20) seus resultados do terceiro trimestre, nos quais mostra que está superando a crise, que afetou fortemente o grupo no segundo trimestre. A empresa registrou aumento do mercado no segmento de distribuição, com volume de energia 7,9% maior que o trimestre anterior e 1,3% acima do reportado no terceiro trimestre do ano passado. Já as provisões para inadimplência diminuíram 50% frente o segundo trimestre e 1,9% ante igual período do ano passado, para R$ 104 milhões. Tais fatores contribuíram para que a empresa registrasse um crescimento de 17% no Ebitda, ante o terceiro trimestre do ano passado, para R$ 1,8 bilhão, e de 36% no lucro líquido, para R$ 814 milhões.
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