Economia & Mercados
01/06/2022 12:47

Especial: Claure Capital, de ex-Softbank, vai investir de esporte a cripto, inclusive no Brasil


Por Altamiro Silva Junior

São Paulo, 31/05/2022 - A empresa de investimentos Claure Capital, que acaba de ser criada pelo ex-número 2 do Softbank, o boliviano Marcelo Claure, quer fazer aportes globais, em setores tão diversos como criptoativos, esportes, tecnologia, mídia, telecomunicações, imóveis e empresas com alto potencial de crescimento. Algumas das apostas podem ser feitas no Brasil.

No Fórum Econômico Mundial, em Davos, Claure teve reunião fechada de uma hora com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ao ser questionado pelo Broadcast, o ministro afirmou que o plano da firma é fazer investimentos no Brasil, mas não deu maiores detalhes.

Claure tem dito que pretende fazer investimentos com cheques que girem entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões, como os primeiros nomes devendo ser anunciados em breve. O objetivo é buscar empresas com certo tamanho, nos moldes de um fundo de venture capital.

Em meio a uma reprecificação dos ativos de tecnologia, por conta dos juros altos, sua avaliação é que os investidores não vão esperar muito, ou seja, os negócios vão precisar se mostrar lucrativos mais rapidamente, disse ele em evento no começo de maio, feito pela Volpe Capital.

Com sede em Miami, a Claure Capital tem, além do fundador, outros dois egressos do Softbank, o chileno Pedro Salgado, responsável pelos investimentos em empresas privadas, e Nikki Pepper, chefe da equipe.

No Fórum Econômico Mundial, que terminou na semana passada em meio à visão de que o processo de correção nos preços das techs não está perto do fim, a Claure foi apresentada como "uma empresa multibilionária recém-fundada de investimento global". O gestor vê a América Latina em momento mais positivo do que alguns de seus pares, beneficiada pelo ciclo de alta das commodities.

Claure deixou o Softbank em janeiro, em uma saída conturbada e causada por conta de seu pacote de remuneração. No fundo, o maior investidor mundial de venture capital, ele estava abaixo apenas do fundador, o japonês Masayoshi Son, e montou a operação da América Latina, com um total de US$ 8 bilhões sob gestão, investidos em mais de 80 empresas. É o maior investimento de venture capital já feito na região, incluindo em nomes como Buser, Nubank, Pismo, Rappi, Banco Inter, Loft e Quinto Andar.

Contato: altamiro.junior@estadao.com
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