Economia & Mercados
24/11/2021 12:59

IPO é consequência do tamanho que Nubank atingiu, diz David Vélez em vídeo


Por Matheus Piovesana e Altamiro Silva Junior

São Paulo, 24/11/2021 - Em vídeo divulgado hoje, o fundador e CEO do Nubank, David Vélez, afirma que a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do banco digital é uma consequência do tamanho que o Nubank atingiu, e também importante para que a fintech cresça ainda mais. "O IPO só aumenta nossa capacidade de inovar", afirma Vélez. A cofundadora do banco digital, Cristina Junqueira, também participa do vídeo, que dura pouco mais de 11 minutos.

"Fazer um IPO é uma consequência do crescimento que a gente vem tendo há quase oito anos e um jeito de acelerar nosso impacto, levar nossa revolução para mais e mais milhões de pessoas", diz Vélez. "Isso pode viabilizar projetos para tornar o Nu cada vez mais completo, e é um processo natural de empresas de tecnologia."

Perguntando porque o Nubank ainda não dá lucro, um dos principais questionamentos dos investidores e analistas que avaliam o IPO, Vélez disse no vídeo que a operação brasileira, que é um pouco mais madura, já deu resultado positivo no primeiro semestre. "Mas o grupo ainda não chegou lá. Agora estamos priorizando investir em crescimento de novos produtos, principalmente nos outros países onde estamos ainda começando."

Sobre os fatores de crescimento do Nubank, Vélez comentou que o objetivo é ser um banco digital líder, o que "vai muito além" dos 48 milhões de clientes que a fintech tem atualmente. Para reter e atrair mais clientes, o fundador do neobanco ressalta que o ecossistema da instituição está cada vez mais completo, nas cinco etapas da jornada financeira de todo mundo: pagamentos, guardar dinheiro, investimentos, empréstimos e seguros.

"Crescemos praticamente de forma orgânica, no boca a boca, com as pessoas indicando, sem aquelas grandes despesas de marketing", disse Cristina Junqueira. O IPO do Nubank está previsto para ocorrer no começo de dezembro, em Nova York e na B3. Nas últimas semanas, com a forte queda mundial dos papéis das fintechs, na casa dos dois dígitos a cada pregão, tem havido questionamentos sobre o tamanho do interesse pela operação do banco brasileiro. O objetivo é captar US$ 3 bilhões, com o banco digital avaliado em US$ 50 bilhões.

Os dois fundadores do Nubank falam ainda do programa Nu Sócios, criado para permitir que os clientes do banco digital consigam ter ações da empresa. "O mais legal é que a gente quer que esses 'pedacinhos', os BDRs [Brazilian Depositary Receipts], sejam não só uma oportunidade de serem nossos sócios, mas também uma porta de entrada para que milhões e milhões de brasileiros tenham acesso pela primeira vez à Bolsa de Valores", ressalta Junqueira.

Contato: matheus.piovesana@estadao.com; altamiro.junior@estadao.com
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