Economia & Mercados
28/04/2021 11:08

Cielo/Caffarelli: não fosse a pandemia, resultado seria mais significativo; foco é recorrência


Por Aline Bronzati

São Paulo, 28/04/2021 - A Cielo "apanhou duplamente" no primeiro trimestre, com a pandemia camuflando os efeitos do trabalho da atual gestão, de acordo com o presidente da companhia, Paulo Caffarelli. Apesar do empurrão de eventos não-recorrentes no lucro líquido do primeiro trimestre, conforme ele, o foco é o "recorrente".

"Estamos bem satisfeitos com o resultado do nosso trabalho. Neste trimestre, apanhamos duplamente com o recrudescimento da pandemia. A pandemia pegou a gente o trimestre todo. Piorou em março, mas a gente já vinha sofrendo", explicou Caffarelli, em videoconferência com a imprensa, nesta manhã, para comentar os resultados do primeiro trimestre.

De acordo com ele, os números do varejo se deterioraram de outubro para cá por conta da pandemia, o que tem se refletido no segmento, na economia e, consequentemente, nos números da Cielo. Além disso, os resultados da Cateno, empresa de gestão de cartões do qual é sócia com o Banco do Brasil, também afetaram os números da empresa no primeiro trimestre.

"Mesmo assim, a gente atingiu o volume que esperava [nas maquininhas]. Mas tivemos uma redução de volume neste período por conta da pandemia e isso traz consequência no resultado operacional", explicou Caffarelli.

Questionado sobre futuros eventos não-recorrentes e que poderiam influenciar nos resultados da Cielo, ele não deu pistas. " O tempo dirá. O foco é o recorrente", rebateu.

A companhia, conforme o executivo, está estruturada para atuar em um cenário mais competitivo e de revolução digital, mas depende do caminhar da economia brasileira. "Estamos estruturados para crescer no varejo. Vai depender do comportamento da economia versus a vacinação", destacou, enfatizando a importância da retomada econômica.

Para o executivo, que no governo da ex-presidente Dilma Rousseff foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda, o Brasil tem "desafios ainda grandes" pela frente, como o aumento da inflação e um Produto Interno Bruto (PIB) fraco, que é guiado pela retomada iniciada em 2020. "A Cielo está no caminho certo. Não fosse a pandemia, o resultado da Cielo Brasil seria bem mais significativo", reforçou.

Contato: aline.bronzati@estadao.com
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