Por Mariana Durão
Rio, 21/01/2021 - A Vale afirmou, por meio de nota, que a divergência com o governo de Minas Gerais e autoridades autoras da ação de reparação de danos do caso Brumadinho está concentrada em aspectos relacionados a valores a serem pagos e à sua destinação. Às vésperas dos dois anos da tragédia, a última audiência de conciliação, realizada nesta quinta-feira, 21, teve clima tenso e terminou sem acordo entre as partes. Se nada mudar, caberá à Justiça decidir a causa, o que pode significar anos de recursos.
"É o momento de a Vale assumir sua responsabilidade, agir com dignidade e reparar os danos que foram causados ou demonstrar seu antagonismo com Minas Gerais e a sua posição de inimiga dos mineiros", afirmou o secretário-geral de Estado de Minas Gerais, Mateus Simões, após a audiência.
Em nota, a Vale diz que "reconhece, desde o dia do rompimento, sua responsabilidade pela reparação integral dos danos causados". A empresa afirma ainda que "tem prestado assistência às famílias e regiões impactadas, buscando restaurar a dignidade e meios de subsistência, seja através de ações diretas nas regiões, seja através de acordos individuais com famílias das vítimas e atingidos". Segundo a companhia, até o momento foram pagas cerca de 8.700 indenizações individuais.
A mineradora afirma que continuará a cumprir integralmente sua obrigação de reparar e indenizar as pessoas, bem como de promover a reparação do meio ambiente, "independentemente de haver condenação ou acordo". A empresa calcula que até o momento destinou cerca de R$10 bilhões para estes fins. "A Vale reitera sua confiança no Poder Judiciário", diz a nota.
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