Economia & Mercados
08/10/2018 13:30

Ibevar: Consumo pode ter ânimo com ideia de mudança de governo, mas crescimento é pífio


São Paulo, 08/10/2018 - O sentimento de renovação trazido pelas eleições pode ter efeito de curto prazo no ânimo de consumidores, mas ainda com resultados "pífios", na avaliação do presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Claudio Felisoni de Angelo.

"Vamos ter alguma recuperação nas vendas neste fim de ano, mas a base de onde estamos partindo é pífia", comentou.

Felisoni avalia que tende ter um reflexo na confiança dos brasileiros o sentimento de mudança nos rumos do País. "Quando o time troca de técnico, isso tende a levar a um sentimento mais positivo", diz. Para o pesquisador, esse sentimento de mudança tem sido atrelado pela maioria da população ao crescimento do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que obteve votação acima do que indicavam pesquisas anteriores.

"Para o bem ou para o mal, essa proposta conservadora representada pelo Bolsonaro tem surfado uma onda e tem dado demonstração de um acolhimento pela sociedade", diz Felisoni.

O Ibevar realizou, antes da realização do primeiro turno, um estudo com base em manifestações nas redes sociais no qual avaliava a imagem dos candidatos à presidência. O estudo sinalizou um forte nível de engajamento nas postagens relacionadas a Bolsonaro e um alto nível de aprovação líquida, que é o resultado de curtidas e comentários favoráveis descontado das críticas negativas.

Passada a repercussão imediata do resultado do primeiro turno, Felisoni considera que a recuperação da economia encontrará um consenso para temas como as reformas da Previdência, Política e Tributária. "São condições que travam o processo de desenvolvimento da economia brasileira", comenta.

Neste sentido, o presidente do Ibevar considera que a nova composição do Congresso pode dar indícios favoráveis a evolução de reformas. Bolsonaro vinha sendo questionado por ser de um partido de pouca expressão no Congresso até então, o que dificultaria as negociações, mas o PSL obteve um forte crescimento nas eleições.

"Pessoas muito preocupadas com presidente da República esquecem que o presidente sozinho não vai fazer nada", diz. A composição nova do Congresso, na avaliação de Felisoni, "traz uma expectativa mais positiva para o tema que era um grande temor, que dizia respeito ao isolamento do executivo em relação ao legislativo". (Dayanne Sousa - dayanne.sousa@estadao.com)
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