Por Wilian Miron
São Paulo, 08/12/2023 - A abertura do mercado livre (ACL) de energia a consumidores da alta tensão a partir de janeiro de 2024, o mercado de biocombustíveis e a geração distribuída (GD) compartilhada, devem ser os principais focos da Delta Energia no próximo ano, disse o vice-presidente Institucional e Regulatório do Grupo Delta Energia, Luiz Fernando Leone Vianna.
No primeiro caso, a empresa tem grande expectativa com a ampliação do número de consumidores para o que poderão escolher livremente seu fornecedor de energia. A estimativa do setor é que pelo menos 106 mil unidades se enquadram nos requisitos para migrar da distribuidora para o ACL. Destes, 11 mil já informara as distribuidoras para ingressar no ACL, sendo que 2,8 mil devem migrar em janeiro.
De acordo com Vianna, a meta da companhia é conquistar aproximadamente 15% desse novo mercado, por meio da LUZ, seu braço de comercialização varejista. Ele, contudo, evitou comentar sobre a quantidade de consumidores migrados pela comercializadora do grupo. "Estamos com estratégia de marketing e tecnologia, e oferecendo incentivos para o consumidor migrar conosco", disse o executivo ao Broadcast Energia.
Na GD compartilhada, a empresa espera alcançar consumidores que ainda não podem aderir ao mercado livre. A atuação nesse segmento tomou forma em 2022 e, em outubro deste ano, o grupo já tem presença em 733 cidades brasileiras com este serviço, atendendo nas áreas de concessão da CPFL Paulista, Neoenergia Elektro, Neoenergia Brasília e Energisa Mato Grosso do Sul. "E para suprir esse mercado ainda estamos construindo parques solares em nove Estados e no Distrito Federal".
No segmento de biodiesel, a Delta tem duas unidades, em Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, e considera ampliações, especialmente devido à previsão de elevação da mistura de biodiesel no diesel. A partir de abril de 2024 poderá haver um percentual de 13% e até 2026 esse montante passará a 15%.
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