Por Renato Carvalho
São Paulo, 27/03/2020 - A Eletrobras aprovou nesta sexta-feira seu Plano Diretor de Negócios e Gestão para o período 2020-2024. Para o período, a estatal projeta investimentos de R$ 32,394 bilhões, dos quais R$ 13,9 bilhões direcionados para o projeto da Usina Nuclear Angra 3. Somente para este ano, a companhia estima aportes de R$ 5,285 bilhões, com R$ 2,809 bilhões para geração, e R$ 2 bilhões em transmissão. São mais R$ 468,5 milhões para infraestrutura e ambiental.
Segundo o plano da Eletrobras, estes valores aumentam em 2021 e 2022, para R$ 6,709 bilhões e R$ 7,389 bilhões, respectivamente. O maior crescimento será na área de geração, puxado principalmente por Angra 3, que vai receber R$ 2,579 bilhões em 2021 e R$ 3,404 bilhões em 2022. Para 2023 e 2024, o projeto da usina nuclear receberá aportes parecidos ao programado para 2022.
Em transmissão, a maior parte dos investimentos será em manutenção. Somente R$ 168 milhões estão previstos para ampliação corporativa, ante R$ 8,954 bilhões em empreendimentos já operados.
No PDGN, a companhia afirma ainda que pretende melhorar a eficiência operacional e a confiabilidade, economizando R$ 22,5 milhões por ano após implementar operação remota de 14 subestações em 2020. Outra economia projetada é com a melhora na gestão das despesas operacionais e do orçamento. A economia projetada para 2020 é de R$ 282 milhões.
Outra projeção da Eletrobras é obter mais receitas com ressarcimentos ainda não reconhecidos pela gestão de distribuidoras, com valor estimado em R$ 3,7 bilhões; parcelas de remuneração e depreciação não pagas desde a prorrogação das concessões de transmissão, de valor estimado de R$ 10 bilhões; além de investimentos não amortizados e mais R$ 5,4 bilhões em créditos da Conta de Consumo de Combustível (CCC).
A companhia tem como meta para este ano chegar a um nível de alavancagem, medido pela relação dívida líquida/Ebitda, de 2,5 vezes. Além disso, a relação PMSO e PMSO regulatório de 1 vez.
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