Economia & Mercados
07/04/2020 07:36

Associações de lojistas pedem a governo suspensão de impostos da folha de pagamento


Por Eduardo Gayer

São Paulo, 07/04/2020 - A Associação Brasileira de Lojistas Satélites (Ablos) e a Associação Brasileira de Franqueados (Asbraf) vão pedir ao governo federal a suspensão do recolhimento de PIS/Cofins e outros impostos incidentes sobre a folha de pagamento, como contribuições ao INSS e o FGTS, por pelo menos 12 meses. Em carta endereçada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, à qual o Broadcast teve acesso, as entidades defendem que a medida reduziria os impactos da paralisação do comércio em razão do novo coronavírus. De acordo com a proposta, o recolhimento suspenso poderia ser pago no exercício de 2021, em 12 parcelas, sem cobrança de multa ou juros.

O presidente da Ablos, Tito Bessa Jr., diz que apenas a adoção de um pacote de estímulo robusto pode evitar a quebra do setor de varejo, o que resultaria em uma onda de demissões. "Nos bastidores, a gente sabe que as demissões já estão acontecendo. Ou vem um plano Marshall ou vai ser uma quebradeira que não sei nem qual seria a dimensão", disse à reportagem.

O texto ainda defende a criação de linhas de crédito específicas para o setor do varejo por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - uma carta específica sobre o tema será encaminhada ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta tarde.

Líderes industriais devem fazer pedindo semelhante ainda nesta semana, como informado com exclusividade no sábado, 4, pelo Broadcast. O governo, por sua vez, já pensa em formas de empréstimos direto a empresas, para evitar o empoçamento do dinheiro nos bancos, fato já reconhecido pelo ministro Paulo Guedes.

Bessa Jr. Também reclama do empoçamento do crédito. "Se o dinheiro do crédito não chegar, vai ser impossível segurar as demissões", afirmou.

Contato: eduardo.gayer@estadao.com
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