Por Eduardo Rodrigues
Brasília, 24/11/2020 - O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros do Fisco, Claudemir Malaquias, admitiu há pouco que os efeitos econômicos da pandemia de covid-19 ainda levam a uma redução da arrecadação federal, quando descontados os fatores atípicos, como o pagamento de impostos adiados no auge da crise
A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 153,938 bilhões em outubro, com alta real de 9,56% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Uma parcela dessa diferença corresponde ao retorno da cobrança de tributos federais - PIS/Cofins e da contribuição patronal para a previdência - que foi adiada (ou diferida, no jargão do Fisco) para suavizar o fluxo de caixa das empresas afetadas pelo novo coronavírus. Em agosto os contribuintes quitaram pagamentos adiados de abril, tiveram um respiro em setembro e, em outubro, foi a vez dos pagamentos adiados referentes a maio.
“As medidas de distanciamento social contribuíram fortemente para o arrefecimento da atividade econômica. A pandemia ainda causa redução da arrecadação, descontados esses fatores atípicos”, avaliou Malaquias.
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